Descoberta de buraco negro; Astrônomos dizem que região está mais próxima da Terra

Astrônomos fizeram a descoberta de um buraco negro que está próximo da Terra. Foi a primeira detecção evidente de uma região do espaço-tempo de massa estelar próxima ao nosso planeta. O que possibilitou essa descoberta foi um telescópio localizado no Havaí, nos Estados Unidos. A seguir veja mais sobre o assunto.

Descoberta de buraco negro próximo à Terra

Um grupo de astrônomos que operam o telescópio Gemini Norte notou que o buraco negro está mais próximo da Terra se comparado com sua última posição.

Ele está localizado a 1600 anos-luz de distância apenas e, segundo o centro de pesquisa NOIRlab, da Fundação Nacional da Ciência (NSF, da sigla em inglês), e o Observatório AURA, aparentemente essa é primeira possível descoberta de um buraco negro de massa estelar na Via Láctea.

Gaia BH1

Segundo os pesquisadores, nomeado como Gaia BH1, trata-se de um buraco negro inativo, que pesa de 5 a 10 vezes mais que o Sol e está localizado na constelação de Ofiúco.

Não se sabe ainda ao certo como ele foi formado inicialmente. Afinal, esses objetos astronômicos são a junção de um sistema binário de estrelas, no qual uma delas acabou se tornando uma superestrela, que depois passou a ser um buraco negro.

Porém, uma coisa chamou a atenção dos pesquisadores: o fato de sua estrela companheira ter sobrevivido a esse episódio. Os astrônomos trouxeram a hipótese de que “a estrela de massa solar deve estar em uma órbita muito mais estreita do que a realmente observada”.

Os astrônomos disseram que a descoberta do Gaia BH1 pode indicar que existam certas “lacunas” na formação de buracos negros em um sistema binário de estrelas.

Como aconteceu a descoberta do Gaia BH1?

O NOIRLab chamou a atenção para o fato de que a descoberta do Gaia BH1 só foi possível graças às observações precisas do movimento da estrela companheira daquela região do espaço. Essa estrela tem semelhanças com o Sol e orbita a uma distância semelhante à distância entre a Terra e o Sol.

O comunicado feito pela NOIRLab dizia o seguinte: “A estrela original, que mais tarde se tornou este buraco negro, deveria ter pelo menos 20 vezes mais massa que o nosso Sol. Isso significa que ela teria vivido apenas alguns milhões de anos”.

Kareem El-Badry, um astrofísico do Centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian e do Instituto Max Planck de Astronomia, explicou mais sobre o assunto:

“Embora existam muitas detecções de sistemas como este, quase todas essas descobertas já foram refutadas. Em vez disso, esta é a primeira detecção inequívoca de uma estrela tipo solar em uma ampla órbita em torno de um buraco negro de massa estelar em nossa galáxia”.