Descoberta fascinante: arqueólogos encontram crânios operados há milhares de anos

Os dois crânios passaram por técnicas complexas.

Há muitos anos, a humanidade vem tentando encontrar maneiras de curar doenças e tratar ferimentos. Uma dessas maneiras é a cirurgia, prática presente em diversos períodos históricos.

Recentemente, arqueólogos fizeram uma descoberta fascinante: dois crânios que foram submetidos a cirurgias há milhares de anos. Agora, acompanhe mais detalhes da descoberta e saiba mais sobre os crânios operados.

Os crânios são de diferentes períodos históricos

O primeiro crânio é remanescente do período medieval e foi encontrado na Necrópole Lombarda de Castel Trosino, na Itália. O segundo, por sua vez, é mais antigo, datado em cerca de 3500 anos e estava em Tel Megiddo, Israel.

  • O crânio medieval

O crânio medieval causou muita surpresa nos arqueólogos devido ao fato de ter sido submetido a uma cirurgia conhecida como trepanação. Nele, os arqueólogos encontraram uma abertura circular de cerca de 2 centímetros de diâmetro, o que evidenciou o procedimento desse tipo de cirurgia.

Essa técnica cirúrgica funciona com a perfuração do crânio com o objetivo de tratar lesões cerebrais, epilepsia e até mesmo o alívio de pressão intracraniana.

Ademais, as equipes de pesquisa apontam que a pessoa que passou pela cirurgia craniana provavelmente tinha boas condições financeiras, sendo pertencente a uma classe nobre da época. Por isso, foi possível realizar a cirurgia como forma de combate a doenças.

  • O crânio de 3500 anos
Crânios operados.
Foto: PLOS One

Assim como o crânio medieval, foi possível notar que o segundo também passou pelo processo de trepanação, bem como que o paciente estava em boas condições. Inclusive, seu período se refere ao fim da Idade do Bronze, que durou de 3300 a.C. até 1200 a.C.

No crânio, os arqueólogos encontraram uma incisão semicircular na sua parte frontal. Isso indica que o paciente teve um pedaço do crânio removido para que suas lesões pudessem ser tratadas.

Por conta de o processo ser um pouco mais arriscado, os pesquisadores dizem que esse era o último recurso para aliviar as dores do paciente. Ainda assim, o procedimento foi realizado enquanto o paciente estava vivo, mas, ao que tudo indica, ele acabou morrendo em pouco tempo.

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