Dez dicas de redação
Descubra como escrever um Redação Perfeita. Conheça 10 dicas para escrever bem uma redação e sair na frente dos concorrentes.
Ah, a escrita… Como seria bom se todos nós fôssemos íntimos dela, não é mesmo? Escrever bem é uma habilidade invejável, mas que infelizmente nem todos possuem. A maioria das pessoas apresenta uma grande dificuldade na hora de transferir para o papel ideias e argumentos que normalmente são transmitidos com facilidade e competência na modalidade escrita. A língua é uma só, mas por que será que é tão difícil lidar com o código em sua versão escrita? Por que não enfrentamos as mesmas dificuldades para nos expressar na oralidade?
A dificuldade de escrever tem relação direta com o desinteresse pelo ato de ler, comportamento que também prejudica a comunicação oral. Quem deseja ser um bom autor precisa adquirir hábitos de leitura, pois é através dela que entramos em contato com o funcionamento da língua, percebemos, na prática, a aplicação das regras gramaticais e os elementos que envolvem a textualidade. Quando a leitura passa a ser rotina em nossas vidas, compreendemos nosso código sem precisarmos, necessariamente, decorar todas as regras que o regem. Além de todos esse benefícios, ler amplia horizontes, acrescenta vivências e nos proporciona uma bagagem cultural que nos será útil na hora de redigir um texto, afinal de contas, um bom texto não é aquele que está apenas bem escrito, mas sim aquele que apresenta ideias e argumentos convincentes.
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Para ajudar você a escrever mais e melhor, o Escola Educação traz dez dicas de redação que vão auxiliar sua rotina de estudos e elucidar algumas questões importantes sobre a composição de textos. São dicas simples, mas que certamente serão muito úteis no seu dia a dia. Boa leitura e bons estudos!
Dez dicas de redação
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O título
Muitas pessoas têm o péssimo hábito de criar um título da redação sem ao menos ter começado a escrevê-la. Quais são as chances disso dar certo? Arriscaríamos a dizer que nenhuma, exceto se você souber exatamente aquilo que vai escrever antes mesmo de começar a organizar as ideias no papel. O título, embora seja o primeiro elemento de uma redação (claro, naquelas que o exigem), deve ser o último passo a ser tomado por quem está escrevendo. Quando terminar sua composição, faça uma leitura minuciosa e aí sim você estará pronto para criar um título que esteja de acordo com as ideias apresentadas no corpo da redação;
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Fique atento aos vícios de linguagem
São inúmeros os vícios de linguagem da oralidade que costumamos transferir para a modalidade escrita, entre eles está o famigerado “internetês”. Você que utiliza as redes sociais ou navega pela internet com frequência sabe exatamente sobre o que estamos falando. O “internetês” é o termo que designa a linguagem empregada pelos usuários da web, que, influenciados pelo seu dinamismo, adotam abreviaturas e abreviações para facilitar a comunicação. Nessa linguagem, as regras ortográficas costumam ser desprezadas, o que não pode acontecer fora da internet. Fique atento para não empregar sem querer elementos como “vc”, “gnt”, “tc”, “ñ”, “c/”, (você; gente; teclar; não; com) entre outros que podem prejudicar a comunicação, função primordial das atividades discursivas;
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Evite abreviaturas
Essa é uma extensão da dica de número 2. Lembre-se de que as abreviaturas devem ser empregadas apenas quando elas forem indispensáveis. Além desse cuidado, é preciso certificar-se de que elas foram escritas corretamente, para isso, sempre que houver alguma dúvida sobre a escrita desses termos, consulte dicionários e outras fontes de informação para conferir as abreviaturas padronizadas. Quando não encontrar aquela que você está procurando, opte por escrever a palavra por extenso, dessa maneira a clareza textual não ficará comprometida, certo?;
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Dê valor à originalidade
O que faz uma redação ser original? A resposta é simples: uma redação que preze pela originalidade evita o emprego de elementos como chavões, clichês e lugares-comuns. Os chavões, clichês e lugares-comuns são inimigos da autenticidade, isso porque são construções prontas que revelam a falta de ideias de quem está escrevendo. É muito mais fácil reproduzir o senso comum do que pensar e apresentar os próprios argumentos, não é mesmo? Pois é aí que muitas pessoas optam por pegar atalhos que fatalmente comprometerão a originalidade do texto, deixando as composições textuais com cara de pré-fabricadas, textos enfadonhos e esvaziados de sentido;
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Evite o rebuscamento linguístico
Você sabe o que é o rebuscamento linguístico? Se não sabe, dê uma olhadinha nos poemas do Parnasianismo brasileiro que você entenderá imediatamente sobre o quê estamos falando. Esse tipo de artifício costuma ser empregado por quem adora mostrar grande domínio vocabular, o que não é ruim, não fosse a quantidade de palavras cujos significados quase ninguém conhece. Por que rechear seu texto com palavras difíceis que possivelmente dificultarão o entendimento da mensagem que você quer transmitir? Muitos fazem por vaidade, outros fazem para tentar ocultar a falta de ideias e originalidade. Nada de mergulhar nos dicionários da língua portuguesa do século XVIII e levar os arcaísmos para a redação, sobretudo para as redações de concursos e vestibulares. O bom-senso agradece;
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Cuidado com as gírias
Qual o problema de usar gírias? Nenhum, desde que elas sejam utilizadas em um contexto comunicacional adequado, isto é, durante atividades discursivas realizadas com amigos e familiares. Caso a situação peça o registro formal da língua, elas devem ser eliminadas, principalmente nos textos não-literários, nos quais não cabem licenças-poéticas e outros recursos próprios da linguagem literária. Nas redações de concursos e vestibular o registro que normalmente é exigido é o formal, portanto, a norma culta da língua portuguesa deve ser respeitada;
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Evite estrangeirismos
Os empréstimos linguísticos podem prejudicar o entendimento da mensagem que você quer transmitir. Isso acontece porque o seu eventual leitor poderá não conhecer o significado daquela palavra que você pegou emprestado da língua portuguesa e jogou no meio de seu texto. Os empréstimos apenas são aceitáveis quando não houver termos correspondentes na língua portuguesa (isso acontece bastante no universo da informática); se esse não for o caso, nada de optar pelo estrangeirismo: lembre-se de que a comunicação é a função primordial dos atos de fala e escrita;
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Termos de baixão calão? Nem pensar
Todo mundo de vez em quando deixa um palavrão escapar, não é mesmo? Eles parecem tão expressivos e sonoros! Bom, você pode escolher o tipo de linguagem que quer usar no dia a dia, mas é importante que você entenda que a adequação linguística é fundamental para que a comunicação seja estabelecida de maneira eficiente. Palavrões não combinam com os textos da linguagem culta, portanto, evite-os, ou melhor, elimine-os!;
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A voz passiva deve ser evitada
A voz passiva é aquela em que o sujeito sofre ação, e costuma aparecer em um texto quando a intenção do autor é impessoalizar o agente, ou seja, indeterminar o sujeito. A voz ativa é mais direta, objetiva, específica e de fácil entendimento, torna a construção sintática mais curta e evita ambiguidades;
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Cuidado com a letra
Não há nada pior do que ler (ou corrigir) um texto escrito com uma letra ruim. Ninguém está dizendo que você precisa ser um expert em caligrafia, mas não custa nada ter um pouquinho de capricho com a letra cursiva, afinal de contas, os garranchos podem impossibilitar a leitura de um texto. Se eu não consigo ler, então não houve comunicação, e se não houve comunicação, sua redação provavelmente será zerada, e você não quer que isso aconteça, não é verdade?
Luana Alves
Graduada em Letras
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