Diabetes tipo 1 pode ter cura? Nova técnica surpreende médicos e renova esperanças
Pesquisadores desenvolvem técnica inovadora que pode reverter diabetes tipo 1 via transplante celular.
A quantidade de pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 1 vem crescendo de maneira alarmante nas últimas décadas. No final de 2024, eram mais de 800 milhões de adultos convivendo com a doença em todo o mundo.
Desde 1990, esse número quadruplicou, evidenciando a urgência de novas abordagens para lidar com a condição.
Pesquisadores da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, podem estar perto de uma solução revolucionária. Eles revelaram um método de transplante celular que mostrou sucesso em reverter o diabetes tipo 1 em camundongos.
Essa técnica combina células produtoras de insulina e células formadoras de vasos sanguíneos modificadas.
O mecanismo da técnica inovadora
O corpo humano possui ilhotas pancreáticas, tecido humano que é o único responsável pela produção de insulina. No diabetes tipo 1, essas células são destruídas pelo sistema imunológico, e restaurar essa função é crucial para controlar a doença.
Em termos simples, a técnica desenvolvida nos EUA tem como finalidade restaurar essa capacidade com um método menos invasivo.
Um dos principais obstáculos para o sucesso dos transplantes de ilhotas é a necessidade de um ambiente rico em vasos sanguíneos. As células endoteliais humanas genéricas foram modificadas para facilitar a criação de uma rede de vasos, permitindo a sobrevivência e incorporação das ilhotas e possibilitando a produção de insulina.
Resultados promissores e próximos passos
Os testes em camundongos foram animadores. Nesses animais, a técnica não apenas reverteu o diabetes, mas também permitiu a formação de uma nova rede vascular funcional.
Agora, os cientistas desejam avançar para ensaios em humanos a fim de avaliar a segurança e eficácia da abordagem.
Com a publicação dos resultados na revista Science Advances, a comunidade científica espera que, em breve, o método possa ser aplicado em humanos. Se bem-sucedida, essa técnica poderá significar uma solução definitiva para o diabetes tipo 1, trazendo esperança a milhões de pessoas ao redor do globo.
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