Dieta GAPS: reequilibre a sua flora intestinal naturalmente

Essa rotina de alimentação diária vai abastecer o seu corpo corretamente e evitar distúrbios de saúde.

Pode parecer algo repetitivo, mas falar em dieta e em equilíbrio alimentar é cada vez mais importante nos dias de hoje. Hipócrates, o grego considerado como o pai da medicina, uma vez disse: “Todas as doenças começam no intestino.”

O antigo médico estava em grande parte com a razão, uma vez que a medicina moderna comprovou que diversos tipos de doenças de fato começam no trato intestinal, sendo provocada pelos alimentos que ingerimos.

Com a industrialização, desde recém-nascidas as crianças já são expostas a todo tipo de produtos químicos nocivos, como açúcares, conservantes, corantes e outros verdadeiros venenos.

Esses componentes não naturais acabam perturbando a flora intestinal das pessoas e causando muitas complicações sérias.

Alguns especialistas apontam até que hoje em dia existem doenças que não existiam 50 anos atrás, indicando que meio século à frente existirão enfermidades que não existem hoje em dia.

Mas, como sempre, a natureza se apresenta e mostra que nem tudo está perdido, uma vez que nunca é tarde para mudar a alimentação e equilibrar novamente a flora intestinal, contraindo saúde em vez de doenças.

Uma técnica bastante conhecida por europeus e asiáticos para voltar aos hábitos saudáveis é a chamada dieta GAPS. Você vai querer conhecer essa novidade!

(Imagem: divulgação)

Doenças que podem estar ligadas com o desequilíbrio da flora intestinal

Apesar de o sistema digestivo ter algum tipo de ligação com praticamente todas as enfermidades que acometem o corpo, algumas delas são resultado direto do mau funcionamento do intestino. Algumas delas são:

  • Diabetes tipo 1;

  • Anemia;

  • Psoríase;

  • Fadiga crônica;

  • Artrite;

  • Anorexia;

  • Alergias;

  • Problemas de cognição (como déficit de atenção e autismo);

  • Dentre outras.

Esses males são, na maioria das vezes, o resultado de verdadeiras intoxicações sofridas pelo sangue e pelo cérebro do indivíduo acometido.

Afinal, todas as substâncias que chegam ao intestino acabam sendo processadas e vão parar diretamente na corrente sanguínea chegando ao cérebro, pulmões e coração, por exemplo.

Dessa forma, se algum agente químico nocivo entra em contato com esses órgãos vitais pode desencadear reações adversas de todos os tipos, incluindo até falhas cognitivas, como foi citado acima.

O que é a dieta GAPS?

A sigla GAPS (Gut and Psychology Syndrome) significa em tradução livre algo como “Síndrome do Intestino e Psicologia”.

Esse conceito destaca que assim como algumas síndromes mentais e físicas ocorrem por causa de algum tipo de desordem, vários tipos de doenças são causadas pelo mau funcionamento e desequilíbrio da flora intestinal.

Dentre essas doenças, podemos relembrar as que citamos no tópico anterior e enfermidades intestinais mais graves, como a doença de Crohn, a Síndrome do Intestino Irritável (SII) e o câncer intestinal, que têm ligação com a má alimentação.

Para concluir o conceito e apresentar uma solução, os idealizadores da dieta GAPS indicam que assim como alimentos nocivos desestabilizam o intestino, alimentos integrais e nutritivos servem para reorganizar o trânsito intestinal e a sua saúde.

Portanto, na dieta GAPS o indivíduo apenas irá trocar o que já come por um equivalente integral e saudável, sanando o intestino das influências negativas e diminuindo o risco de contrair doenças causadas pela má alimentação.

Alimentos comuns na dieta GAPS

A dieta GAPS não contém uma lista específica de alimentos que devem ser consumidos, pois ela é adaptada a cada pessoa de uma forma diferente com base em fatores como idade, gênero e histórico médico.

O conceito geral da dieta é acostumar o corpo ao novo estilo de vida e trocar todo e qualquer alimento minimamente processado por comida integral, natural e fresca.

No entanto, alguns exemplos de alimentos saudáveis que podem estar na dieta, são:

  • Peixe fresco;

  • Cereais;

  • Vegetais;

  • Raízes;

  • Grãos;

  • Dentre outros.

Como começar?

Esse processo de reeducação alimentar é formado por três etapas: eliminação, manutenção e reintrodução.

E vale salientar que para implementar a dieta GAPS em seu dia a dia, o indivíduo deverá buscar ajuda de um nutricionista. Não é segundo começar por si próprio.

A partir dessa análise inicial, a pessoa poderá começar o passo a passo para a sua nova vida, com base numa orientação profissional adequada.

Quanto tempo leva até o intestino ser “curado”?

Especialistas afirmam que a primeira etapa da dieta GAPS, conhecida como eliminação, deve durar entre 15 e 30 dias.

Nesse período a pessoa deve consumir basicamente sopas de carne ou legumes, bem como outros alimentos extremamente leves, para se adaptar à eliminação completa de comidas industrializadas.

É referido que durante esse tempo a pessoa pode sofrer com alguns efeitos adversos como fraqueza e desconfortos abdominais, que são nada mais que reações do corpo a uma “abstinência” dos antigos alimentos ingeridos.

Nas etapas de manutenção e reintrodução a pessoa vai apenas manter o novo tipo de alimentação. Estima-se que a completa desintoxicação e reorganização do intestino ocorra em no máximo dois anos.

Porém, os especialistas recomendam que o indivíduo siga com a dieta GAPS por toda a vida, evitando novas sobrecargas no corpo.

Qualquer pessoa pode fazer?

Sim, é seguro afirmar que pessoas de todas as idades podem iniciar a dieta GAPS sem nenhum encargo.

Inclusive, crianças possuem a capacidade natural de adaptar-se de forma mais rápida ao novo estilo de vida. Ou seja, é indicado introduzi-las a essa nova abordagem dietética.

Cuidados a serem tomados

Salientamos novamente que a dieta GAPS é um programa de reeducação alimentar e que, por isso, não deve ser feito sem o acompanhamento de um nutricionista.

Vale lembrar também que não existe uma lista específica de alimentos incluídos na dieta. Quem vai determinar o que a pessoa pode ou não comer, são os exames feitos e as análises feitas por especialistas, como nutricionistas ou nutrólogos.

Mesmo que esteja ansioso por mudar seus hábitos alimentares, não faça isso sozinho!

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