3% das pessoas são afetadas pela Desorientação Topográfica do Desenvolvimento

Saiba mais sobre esse distúrbio que pode ser facilmente confundido como algo natural, mas não é!

Imagine por um tempo ser incapaz de se localizar na área onde você reside… Seria terrível, não? Acontece que a vida de muitos pacientes é assim porque eles experimentam algum tipo de deficiência psicológica.

Nesse caso, um novo estudo publicado na PLOS One relata que aproximadamente 3% das pessoas são afetadas pela Desorientação Topográfica do Desenvolvimento (DTD). Confira o artigo na íntegra e saiba mais sobre o distúrbio que a pessoa perde o senso de localização.

Leia mais: Diferenças entre DDA e TDAH e alguns possíveis sintomas desses transtornos

O que é desorientação topográfica?

A DTD se refere a uma falta de orientação desde a infância. Isso ocorre apesar da ausência de qualquer dano cerebral aparente, distúrbio neurológico ou déficits cognitivos generalizados. Assim sendo, indivíduos afetados por essa condição são incapazes de criar uma representação mental de seus arredores e usá-la como guia. Por conta disso, pessoas que têm DTD frequentemente se perdem em ambientes familiares como sua casa ou vizinhança. Ou seja, não estamos falando de indivíduos saudáveis, que têm apenas com pouco senso de direção.

Por décadas, a desorientação topográfica foi pesquisada usando estudos de caso de pacientes que perderam a capacidade de encontrar o caminho em ambientes locomotores de grande escala.

Estudo realizado com 1698 indivíduos

Os pesquisadores dizem que o estudo postado na PLOS One foi realizado com o objetivo de estimar a prevalência de DTD em uma amostra de adultos italianos. Nesta análise, o intuito era definir as diretrizes de tratamento e uma estratégia de pesquisa nacional compartilhada.

Os voluntários da pesquisa faziam parte de grupos de regiões italianas entre os anos de 2016 e 2019. Ao total, foram 1.698 indivíduos (635 homens) sem alterações neurológicas, com idade entre 18 e 35 anos e com escolaridade média de 14,8 anos. Eles fizeram anamnese, indicando muitos aspectos de sua vida, bem como problemas médicos em seu passado. Além disso, medidas de familiaridade e estilo de cognição espacial (confusão da direita para a esquerda e senso de direção) também foram feitas.

Resultados do estudo

Os participantes seriam categorizados como tendo DTD se mostrassem dois desvios da média para “senso de direção”. Nos resultados, apenas um percentual de aproximadamente 3% dos participantes preencheram os critérios para ter DTD.

O gênero estava mais predisposto ao critério de senso de direção do que educação em si. As mulheres relataram ter problemas com o senso de direção e usar estratégias de navegação baseadas em pontos de referência. E, embora os homens normalmente tenham melhores habilidades de navegação, eles correm um risco maior de ter DTD.

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