“Drogas digitais”: Entenda o que são essas batidas binaurais com efeitos alucinógenos

A plataforma iDoser tem oferecido áudios com batidas binaurais que teoricamente geram efeitos um tanto quanto curiosos.

Nas redes sociais, muitos usuários têm falado sobre as “drogas digitais”, uma vez que, ao usarem certas “doses” de áudio, podem usufruir de efeitos relaxantes ou psicodélicos. A (falsa) promessa é conduzida por sites e plataformas online como o i-Doser, que vende o que é comumente referido como “drogas digitais” ou “drogas sonoras”. Entenda neste artigo sobre o que é isso e como funciona.

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Entenda melhor sobre as drogas digitais

O nome já é enganador, visto que não se refere a nenhuma substância química que possa causar alterações em nossos corpos e levar a estados de excitação ou relaxamento.

Os sons vendidos não são cativantes e são baseados em uma ilusão auditiva conhecida como batidas binaurais. Embora as “drogas digitais”, portanto, sejam falsas, elas estão fazendo cada vez mais sucesso, principalmente entre o público jovem.

Como funciona?

A ideia é que o áudio seja reproduzido nos fones de ouvido. Assim, de cada lado do fone, são tocadas frequências ligeiramente diferentes que produzem a percepção de um novo som para o ouvinte, que seria uma frequência intermediária entre as duas tocadas.

Esse efeito é conhecido desde o século 19, mas recentemente tem sido usado para promover relaxamento, aumentar a concentração, reduzir o estresse e a ansiedade e produzir efeitos alucinógenos em quem o ouve.

A publicidade do iDoser afirma que “as possibilidades são infinitas” – e há relatos de usuários que afirmam que os áudios são o mais próximo de escapar dos efeitos dos entorpecentes sem realmente consumi-los.

“Drogas digitais” realmente funcionam?

É possível que essas “doses” possam levar a experiências auditivas incomuns, mas não há evidências científicas de que as batidas binaurais possam simular os efeitos das drogas ou ter um efeito no humor e no desempenho cognitivo. O que pode ter um papel nisso é um efeito placebo: o adolescente ouve os sons enquanto tenta entrar em outro estado mental, e isso faz com que ele se sinta mais relaxado. Só que não tem nada a ver com qualquer mudança química ou elétrica no cérebro.

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