É verdade que algumas pessoas não pegam covid?

Existem muitos casos de pessoas que nunca contraíram a doença. O que elas têm de especial, afinal?

Em uma pesquisa realizada pela Universidade de Londres, na Inglaterra, pesquisadores se propuseram a investigar por que algumas pessoas jamais contraíram covid-19.

A questão tem intrigado especialistas do mundo todo desde que a lamentável pandemia estourou no início de 2020, já que milhões de pessoas morreram no mundo todo e outras milhões ficaram com sequelas da doença.

Há realmente pessoas imunes à covid-19?

Para desenvolver o estudo, intitulado UK COVID-19 Human Challenge, os pesquisadores responsáveis infectaram deliberadamente 36 voluntários por via intravenosa com o tipo de coronavírus que causa a Covid-19, o SARS-CoV-2.

Depois, os cientistas passaram a monitorar a evolução da doença nos corpos desses voluntários, rastreando diversos aspectos dos seus respectivos quadros de saúde.

Vale lembrar que todos os voluntários chegaram ao estudo totalmente saudáveis e dispostos.


Covid-19 mateus cerca de 700 mil pessoas aqui no Brasil – Imagem: reprodução

Nos dias seguintes à infecção dos voluntários, os pesquisadores fizeram algumas descobertas ao investigar material coletado dos indivíduos que não desenvolveram nenhum sintoma de Covid-19.

Em resumo, foi constatado que as células de defesa localizadas na mucosa nasal dessas pessoas (por onde o vírus entrou) responderam de forma bem mais firme à infecção, neutralizando completamente o SARS-CoV-2.

Mais especificamente, os estudiosos detectaram uma atividade acima da média de um gene chamado HLA-DQA2, um dos responsáveis por alertar o corpo sobre uma invasão patogênica.

Desse modo, chegou-se à conclusão de que os sistemas imunológicos das pessoas mais resistentes à infecção por Covid-19 estavam de alguma forma mais preparados para combater a doença, emitindo, de acordo com os cientistas que conduziram o estudo, “uma resposta nunca antes vista”.

Com esses resultados em mãos, os pesquisadores agora trabalham para sintetizar alternativas de reforço das defesas do organismo contra patógenos. O estudo foi publicado na renomada revista Nature.

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