Educação financeira: como aparece na BNCC e como abordá-la na sala de aula?

Ensino sobre finanças ganha destaque na BNCC, promovendo decisões financeiras conscientes.

A educação financeira é um componente essencial na formação dos cidadãos e está presente em algumas partes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Esse conhecimento visa capacitar a população para tomar decisões sobre a gestão de recursos com mais autonomia e responsabilidade.

A BNCC destaca a importância de um estudo interdisciplinar nas questões relacionadas ao consumo, trabalho e dinheiro, integrando dimensões culturais, sociais, políticas, psicológicas e econômicas.

Para isso, tais temas devem ser incorporados aos materiais didáticos e apresentados aos educadores de forma dinâmica. Isso facilita a transmissão do conhecimento de maneira acessível para os alunos.

Com tal abordagem, os estudantes são incentivados a desenvolver competências para entender melhor conceitos e produtos financeiros, promovendo escolhas financeiras mais acertadas.

Ensinar crianças e adolescentes a lidarem com o dinheiro gera pessoas mais conscientes e mais capazes de evitarem dívidas – Imagem: reprodução

Por que a educação financeira é importante nas escolas?

  • Valorização do dinheiro: compreender como o dinheiro é gerado e pode ser empregado ajuda os alunos a desenvolver uma relação mais saudável com consumo e poupança;

  • Desenvolvimento de habilidades essenciais: a educação financeira contribui para habilidades como planejamento, organização, tomada de decisão e resolução de problemas, fundamentais para o sucesso pessoal e profissional;

  • Prevenção do endividamento: ao aprender sobre os riscos do consumo impulsivo e da dívida, os jovens têm mais chances de evitar problemas financeiros no futuro;

  • Formação cidadã: a educação financeira contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e engajados, capacitados a tomar decisões que impactam positivamente a sociedade.

O que diz a BNCC sobre a educação financeira no ensino fundamental?

No ensino fundamental, a BNCC sugere a inclusão de tópicos relacionados a taxas de juros, inflação, aplicações financeiras e impostos na área de Matemática.

O objetivo é contextualizar esses conceitos utilizando exemplos práticos ou estudos de caso. Assim, os alunos conseguem relacionar o conteúdo com situações do cotidiano, facilitando a compreensão.

Já no ensino médio, a BNCC aborda as mudanças na sociedade referentes ao empreendedorismo. Tal fenômeno é observado em microempreendedores e grandes empresários.

Inserir o tema da educação financeira nesse contexto prepara os alunos para entender as dinâmicas econômicas e sociais, fundamentais para o sucesso no mercado de trabalho.

Impactos positivos da educação financeira

Pesquisas da Associação de Educação Financeira (AEF-Brasil) realizadas em 2019 demonstram como essa abordagem apresenta resultados positivos.

Dos estudantes envolvidos em projetos de educação financeira, um terço afirmou ter compreendido a importância de poupar.

Além disso, 24% começaram a dialogar com os pais sobre o assunto, e 21% aprenderam a usar o dinheiro de forma mais eficiente.

Como ensinar educação financeira?

  • Integração no currículo: a educação financeira pode ser integrada a disciplinas já existentes, como matemática, português e história, ou ser oferecida como uma disciplina separada;

  • Projetos e atividades práticas: realizar projetos e atividades, como simulações de orçamento familiar, feiras de troca e visitas a instituições financeiras, torna o aprendizado mais dinâmico e significativo;

  • Utilização de tecnologias: ferramentas digitais, como jogos educativos e aplicativos, são capazes de facilitar o processo de ensino-aprendizagem, isso deixa a educação financeira mais atrativa para os alunos;

  • Parcerias com instituições financeiras: colaborações com instituições financeiras podem fornecer recursos didáticos, palestras e oficinas para alunos e professores.

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