Em meio às repercussões de uma campanha polêmica, Balenciaga traz explicações

A marca se manifestou em suas redes, após repercussão negativa de campanha utilizando crianças em situações de abuso infantil.

A luxuosa marca espanhola Balenciaga se envolveu em mais uma polêmica recentemente. Dessa vez, a grife virou algo de críticas por um assunto muito mais graves que os anteriores, pois as pessoas acusam a empresa de incitação ao abuso infantil. Acompanhe a leitura para saber mais sobre a polêmica da Balenciaga.

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Entenda a polêica

A repercussão está ocorrendo devido à campanha de primavera da Balenciaga, onde a mesma consiste em fotos de crianças segurando bolsas de ursos de pelúcia e vestidas com acessórios em alusão à prática sadomasoquista e entre outros detalhes, como documentos naturalizando a pornografia infantil.

Dentre os objetos polêmicos, estão: o livro de Michael Borremans, onde crianças aparecem nuas em rituais e; o documento da Suprema Corte dos Estados Unidos, onde consta uma decisão revertendo grande parte da Lei de Prevenção de Pornografia Infantil, em 1996, tendo como justificativa a liberdade de expressão.

Uma das celebridades mais associadas à marca nos últimos anos, Kim Kardashian, usou sua conta no Twitter para se posicionar sobre o assunto, dizendo que se sentiu “enjoada e indignada” com toda essa situação. Já o rapper Kanye West, questionou sobre o silêncio de outros artistas diante do ocorrido.

Além de outros diversos famosos, as críticas à Balenciaga na internet foram inúmeras, gerando a necessidade de manifestação pública da grife. A mesma deu a entender que entraria com um processo contra o fotógrafo responsável pela campanha, Gabriele Galimberti. Segue um trecho:

“Pedimos sinceras desculpas por qualquer ofensa que nossa campanha de férias possa ter causado. Nossas sacolas de pelúcia não deveriam ter sido apresentadas nesta campanha. Removemos imediatamente a campanha de todas as nossas plataformas”.

Em outro ponto do comunicado, a Balenciaga fala sobre os polêmicos documentos também exibidos nas fotos. Confira:

“Pedimos desculpas por exibir documentos perturbadores em nossa campanha. Levamos este assunto muito a sério e estamos tomando as medidas legais contra as partes responsáveis por criar as peças e incluir itens não aprovados para nossa sessão de fotos da campanha Spring 23. Condenamos veementemente o abuso de crianças de qualquer forma. Defendemos a segurança e o bem-estar das crianças”.

Logo depois do pronunciamento da empresa, foi a vez do fotógrafo receber uma enxurrada de críticas em sua conta pessoal no Instagram e também se manifestar sobre o assunto. Abaixo, também separamos uma parte da fala do profissional.

“Depois de centenas de e-mails e mensagens de ódio que recebi como resultado das fotos que tirei para a campanha da Balenciaga, sinto-me compelido a fazer esta declaração. Não estou em condições de comentar as escolhas da Balenciaga, mas devo ressaltar que não tive direito, de forma alguma, nem de escolher os produtos, nem os modelos, nem a combinação dos mesmos. Como fotógrafo, me pediram apenas e exclusivamente para iluminar a cena em questão e tirar as fotos de acordo com meu estilo e assinatura.”

Já em outro ponto do texto, Galimberti fala sobre as mensagens de ódio que está recebendo e questiona sobre ser o alvo errado, além de comentar sobre o polêmico documento envolvido. Veja:

“Linchamentos como esses são dirigidos contra alvos errados e tiram o foco do problema real e dos criminosos. Além disso, não tenho nenhuma ligação com a foto em que aparece o documento da Suprema Corte. Essa foi tirada em outro set por outras pessoas e foi falsamente associada às minhas fotos”.

Fato é que após a repercussão imensamente negativa, a marca retirou imediatamente a campanha do ar.

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