Entenda por que muitos profissionais escolhem o desemprego em vez do retorno ao trabalho físico

Empresas estão exigindo trabalho presencial e os profissionais preferem perder o emprego a deixarem trabalho home office.

O emprego home office foi um grande aliado do mercado de trabalho nos últimos anos. Os modelos de trabalho remoto foram oferecidos em diferentes categorias e conseguiram manter o número de contratações e as atividades laborais.  

Principalmente, durante a pandemia, as empresas mantiveram os faturamentos ao adotarem o trabalho remoto. Essa rotina fora do trabalho presencial influenciou a qualidade de vida e os planos de muitas pessoas, e agora colaboradores afirmam que preferem ficar sem emprego do que retornar ao sistema de trabalho presencial.

Essa afirmação, no entanto, cria uma divergência com a prática atual de contratação das empresas que ainda preferem os modelos de trabalho híbrido ou presencial. Empresas da tecnologia estão incentivando o retorno ao presencial, como é o caso do Google, Facebook e Amazon.

Por conta dessa realidade, o InfoJobs e o Grupo Top RH realizaram uma pesquisa com mais de mil pessoas para entender as preferências pelo home office e os motivos das empresas para contratar em outros modelos de trabalho.

Confira os dados da pesquisa.

Os resultados da pesquisa demonstram que, no Brasil, as vagas para trabalho presencial ainda são a maioria, com 94,82% do mercado. Contudo, o modelo híbrido de trabalho teve um aumento significativo de 16,9%. Ainda assim, 85% dos funcionários afirmaram que trocariam de emprego, caso a nova opção oferecesse mais dias de home office.

Outro dado que confirma o impacto do fim do home office é que 64,4% das pessoas que retornaram ao trabalho presencial notaram uma piora na sua qualidade de vida, por conta dos deslocamentos. Em contrapartida, 14,2% afirmam que a qualidade de vida teve uma melhora após o retorno.

Outra pesquisa do Recursos Humanos da Robert Half observou que 39% dos profissionais pensariam em uma nova área de atuação se a empresa exigisse o fim do home office, mesmo que fosse para trabalho parcialmente remoto.

De acordo com especialistas, a opção de ir contra a vontade dos colaboradores é uma medida para aumentar a produtividade e facilitar o gerenciamento dos funcionários. Algumas empresas, como o Google, afirmam que o modelo home office é positivo e funciona bem, mas que, agora, querem que os funcionários colaborem pessoalmente.

A melhor opção para quem não quer trabalhar presencialmente

A partir dos dados, percebemos que a modalidade home office está deixando o cenário de trabalho. Contudo, o modelo de trabalho híbrido aumentou e pode ser a melhor alternativa para quem não deseja trabalhar todos os dias na sede da empresa.  

Dessa maneira, é possível encontrar vagas que exigem a presença na empresa apenas duas ou três vezes por semana. Segundo Deives Rezende Filho, CEO da Condurú Consultoria, é possível solucionar os problemas em poucos dias, além disso, a prática promove o convívio social, evitando sentimentos de solidão.

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