Entre as mitologias e a ciência: como os eclipses eram explicados nas culturas antigas?
Antes de os astrônomos entenderem como, de fato, acontece um eclipse, os povos antigos já imaginavam como e porquê esse fenômeno ocorria. Confira algumas das mais interessantes histórias acerca desse assunto!
O mito é considerado como um saber, assim como o senso comum e a própria ciência. Inclusive, antes que a ciência pudesse explicar algumas coisas, os mitos eram os grandes responsáveis por dar respostas às curiosidades humanas.
Nesse sentido, hoje a ciência nos revela como, de fato, ocorre um eclipse. Mas, antes que isso fosse comprovado, muitas culturas desenvolveram suas próprias teorias sobre esse fenômeno. Portanto, astrônomos, físicos e outros grupos de cientistas, sabem que existem dois tipos de eclipse.
De um lado, temos o eclipse lunar, que acontece quando a Terra se coloca entre a Lua e o Sol, fazendo com que a sombra da Terra seja projetada na Lua. Isso resulta na Lua desaparecendo temporariamente, à medida que ela entra na sombra da Terra.
Além disso, há os eclipses solares. Nesse fenômeno, a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, bloqueando assim a luz solar, fazendo com que sua sombra seja projetada em nosso planeta.
Como consequência, há um escurecimento temporário da área onde a sombra lunar é projetada. No entanto, nem todos os lugares na Terra experimentam o eclipse da mesma maneira.
A parte mais escura e central da sombra da Lua é chamada de “umbra”, onde ocorre um eclipse total, e as áreas circundantes experimentam um eclipse parcial, onde apenas uma parte do Sol é bloqueada.
Mas, afinal, como esse fenômeno era explicado antes dessas comprovações?
Como os povos antigos entendiam os eclipses?
(Imagem: Shutterstock/reprodução)
Os sábios chineses diziam que havia um dragão celestial. Quando ocorria o eclipse, era sinal de que esse feroz animal estava devorando o Sol.
Em vista dessa situação, os chineses tocavam instrumentos de percussão e emitiam muitos outros sons a fim de espantar o dragão e salvar o nosso sistema solar.
Já os nórdicos acreditavam que o eclipse acontecia quando os lobos Skoll e Hati tentavam devorar o Sol. Os incas do continente sul-americano acreditavam que o eclipse era a força divina de seu deus do Sol, chamado Inti.
Por causa disso, havia rituais de adoração, incluindo alguns sacrifícios, para exaltar esse deus e preservar a harmonia. A história desenvolvida pelos hindus é um tanto quanto perturbadora.
Essa mitologia dizia que o eclipse ocorria quando a cabeça de um demônio chamado Rahu era decaptada, pois essa divindade do mal tentava beber o néctar de alguns deuses e sofria essa morte.
Os africanos do Ocidente, mais especificamente do norte do Benin e do Togo, supunham que o eclipse era resultado da raiva humana.
Para eles, quando o mundo se enchia de raiva, ela se espelhava pelo Sol e pela Lua, e, para amenizar a situação, havia alguns rituais que propagavam a paz.
Por fim, o Egito se destaca no que diz respeito à astronomia, visto que sempre foram avançados nesse sentido, e, por isso, há poucos mitos sobre tal fenômeno natural. Contudo, há uma história que sugere que os eclipses eram evitados, ou apenas vistos simbolicamente como um evento de reverência a Ra, o deus do Sol do antigo povo das pirâmides e hieróglifos.
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