Escanear sua íris em troca de dinheiro: o que está por trás da oferta e quais os riscos?

Venda de íris do olho levanta debate sobre privacidade e transparência, enquanto projeto é banido em vários países.

Um projeto inovador e controverso tem chamado a atenção no Brasil e viralizado nas redes sociais. A iniciativa, liderada por Sam Altman, CEO da OpenAI, e Alex Blania, permite que indivíduos recebam pagamento pelo registro de suas íris.

Esta parte colorida do olho é fotografada em troca de uma recompensa de R$ 580, o que tem atraído muitas pessoas interessadas em fazer uma graninha extra.

O assunto ganhou destaque após uma jovem compartilhar sua experiência nas redes sociais ao visitar um ponto turístico em São Paulo. O vídeo rapidamente se espalhou, ultrapassando as fronteiras do TikTok e gerando discussões em outras plataformas.

O projeto, conhecido por alguns como Worldcoin, iniciou suas atividades em 2023 e já enfrentou censuras em diferentes partes do mundo.

Funcionamento do projeto que coleta íris

Lançado oficialmente no Brasil em 2024, ele é parte da empresa Tools for Humanity, com o objetivo de distinguir humanos de robôs e inteligências artificiais por meio de um “passaporte” digital.

O World visa criar um sistema onde cada usuário possui uma World ID, comprovando sua humanidade. A ideia principal é diferenciar seres humanos de entidades programadas, utilizando a íris do olho como identificador exclusivo.

Os participantes têm essa parte do corpo fotografada e são recompensados financeiramente. O valor prometido pode ser retirado por meio de um aplicativo específico do projeto, segundo a Tools for Humanity.

Reações e críticas

Apesar do aparente sucesso inicial, a iniciativa tem gerado polêmica. Em diversos países, como Espanha e Portugal, o projeto foi banido devido à falta de clareza sobre o uso dos dados coletados.

Além disso, a Coreia do Sul e a Argentina aplicaram multas à empresa por motivos semelhantes. As críticas se concentram principalmente na impossibilidade de os participantes retirarem o consentimento após o registro de suas íris.

Muitas pessoas questionam a segurança dos dados e as reais intenções por trás do projeto, e especialistas em privacidade alertam sobre os riscos potenciais de tal coleta massiva de informações biométricas.

Com a crescente preocupação em torno da manipulação de dados, o World continua recebendo críticas enquanto busca expandir suas operações globalmente.

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