Especialista explica como evitar o efeito “cérebro congelado” ao tomar sorvete

O efeito desagradável é produzido pelo resfriamento repentino da cabeça, que por sua vez provoca contrações nos vasos sanguíneos da região.

Provavelmente qualquer pessoa que já tomou sorvetes, picolés, geladinhos ou qualquer outro tipo de alimento consumido congelado já experimentou o desagradável efeito “cérebro congelado”.

Essa sensação consiste numa dor súbita, geralmente na região da testa ou da fonte, que é nitidamente provocada pelo resfriamento da cabeça.

Não é incomum encontrar pessoas que passam por isso todas as vezes que tomam algo gelado, o que faz parecer que o problema é inevitável.

Porém, o neurocientista Kristofer Rau, do centro de pesquisas Virginia Tech, nos Estados Unidos, afirma que sim, é possível evitar que o cérebro “congele”.

Nos próximos tópicos estão listadas e respondidas algumas perguntas feitas ao pesquisador sobre esse assunto. Continue lendo e fique informado!

O que causa o “congelamento do cérebro”?

Segundo Kristofer Rau, esse efeito é o resultado da expansão repentina dos vasos sanguíneos da cabeça e o aumento do fluxo sanguíneo da região, que por sua vez provocam uma dilatação que atinge outras estruturas encefálicas.

O especialista explica que o próprio cérebro determina essa expansão, a fim de manter a temperatura da cabeça estável e combater o resfriamento repentino.

Por que dói tanto?

“A súbita expansão nos vasos sanguíneos causa uma explosão de atividade nas terminações nervosas no céu da boca, e essa intensidade é interpretada pelo cérebro como algo doloroso”, disse Rau.

“Inclusive, a maioria das dores de cabeça regulares que temos também é causada por alterações no tamanho de nossos vasos sanguíneos, que são igualmente detectadas pelas terminações nervosas”, completa.

Esse “congelamento” pode ser prejudicial ao cérebro?

De acordo com Kristofer Rau, apesar de bastante doloroso, o efeito cérebro congelado não provoca qualquer dano ao principal órgão do corpo humano.

Como explicado anteriormente, essa é apenas uma forma de o próprio cérebro se proteger contra quedas de temperatura repentinas.

Como neutralizar esse efeito?

“Se você tiver um “congelamento do cérebro”, deve beber algo em temperatura ambiente ou empurrar a língua contra o teto da boca para aquecer rapidamente a área de volta”, ensina o neurocientista.

Além disso, Kristofer explica que para diminuir as chances de sofrer com o efeito cérebro congelado é necessário comer coisas frias lentamente, para dar tempo ao corpo de assimilar o choque de temperaturas.

É possível evitar o efeito cérebro congelado completamente?

Ainda segundo Kristofer Rau, a única forma de evitar completamente ter o cérebro “congelado” é não comer nada frio.

Porém, como isso é praticamente impossível, o especialista recomenda que as medidas ensinadas por ele sejam seguidas. “São o melhor caminho”, finaliza.

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