Especialistas dizem que óculos com filtro de luz azul não são tão eficazes assim; entenda

Em uma nova publicação científica, pesquisadores demonstram que esses óculos não inibem a fadiga ocular. Confira mais detalhes!

Na busca por soluções para a fadiga ocular causada pelo uso constante de dispositivos eletrônicos, os óculos que bloqueiam a luz azul ganharam popularidade.

No entanto, uma nova revisão publicada no Cochrane Database of Systematic Reviews lança dúvidas sobre a eficácia desses óculos.

A revisão examinou 17 ensaios clínicos científicos que envolveram quase 620 pessoas em seis países diferentes, garantindo uma nova perspectiva sobre o caso.

É comum ouvirmos que óculos de bloqueio de luz azul podem aprimorar a nitidez da visão e até mesmo melhorar o sono, ao filtrar comprimentos de onda mais curtos da luz visível.

A surpresa é que a revisão em questão não parece corroborar essas afirmações, por exemplo.

(Imagem: divulgação)

Óculos azuis não são eficazes para impedir a fadiga ocular

De acordo com os resultados da análise feita, esses óculos têm efeito mínimo, sendo semelhante a uma porcentagem insignificante. Na qualidade da visão e seu impacto na qualidade do sono, é classificado como “indeterminado”.

Isso significa que alguns estudos defendem haver melhorias significativas, enquanto outros dizem que não há nenhuma melhoria sólida. Essa descoberta não é surpreendente para especialistas no assunto.

Ao analisar esses resultados, não é incomum encontrar essa variabilidade nas respostas, pois a eficácia dos óculos de bloqueio de luz azul pode depender de vários fatores.

Depende, por exemplo, do tipo de luz azul filtrada, das características individuais dos usuários e até mesmo as condições de uso.

Portanto, enquanto a revisão pode lançar dúvidas sobre as expectativas associadas a esses óculos, também ressalta a complexidade da relação entre a fadiga ocular e o azul.

A criação dos óculos de bloqueio de luz azul foi influenciada, em parte, por estudos realizados em laboratórios e com animais, que sugeriram que a luz azul poderia ser prejudicial para os olhos, de acordo com informações da Academia Americana de Oftalmologia (AAO).

No entanto, é importante notar que esses estudos não replicaram com precisão a exposição à luz azul que os humanos enfrentam ao olhar para as telas dos computadores.

Até o momento, ainda não existe uma relação definitiva entre essa exposição e danos na retina ou doenças oculares.

O pesquisador Dr. Craig See, oftalmologista e especialista em córnea do Cole Eye Institute da Cleveland Clinic em Ohio, destacou que não há evidências que sugiram que a filtragem da luz azul seja prejudicial.

Segundo ele, a única preocupação reside no custo adicional à adição dessa funcionalidade aos óculos. A conclusão é que os óculos podem não proporcionar os benefícios esperados em relação à fadiga ocular, conforme ocorrência em uma entrevista à CNN.

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