Esquecido? Este remédio pode ajudar você a se lembrar das coisas
Quem nunca tentou lembrar o nome de algo ou uma palavra e simplesmente não conseguia? Um novo remédio pode ajudar com isso; Saiba mais.
O roflumilast é um medicamento já utilizado para diminuir o avanço da doença pulmonar obstrutiva crônica grave, além de auxiliar no tratamento de condições inflamatórias do pulmão, sendo sintetizado em 1993. Entretanto, cientistas podem ter descoberto uma nova função para o remédio, de acordo com um artigo publicado na revista Current Biology.
Para isso, os pesquisadores utilizaram alguns ratos em uma gaiola com diversos objetos, alterando a posição de algumas coisas depois de alguns dias. Ficou demonstrado que os ratos não conseguiram identificar a mudança, a não ser que alguns neurônios do hipocampo (parte responsável por armazenar informações de espaço e formar memórias) estivessem ativados.
Entretanto, caso os neurônios do mencionado hipocampo responsáveis pelas memórias recebessem algum impulso, os ratos poderiam se lembrar das informações. Assim, foi possível perceber que a informação havia sido armazenada no cérebro dos roedores, mas eles simplesmente não tinham a capacidade de reaver tais informações.
Apesar de o estudo ter sido realizado apenas com os roedores até o momento, é possível que os estudos na área continuem avançando até poderem afirmar se o mesmo seria possível de ser realizado com os humanos.
Quando perguntados sobre o motivo pelo qual o roflumilast era capaz de proporcionar essa recuperação de memórias, já que se trata de um medicamento bem específico, que atua na região do pulmão, os cientistas responderam que: “Quando demos roflumilast a camundongos que foram treinados durante a privação de sono pouco antes do segundo teste, eles se lembraram exatamente como aconteceu com a estimulação direta dos neurônios”.
Isso porque, além de todos os efeitos do fármaco, ele proporciona um aumento na quantidade de uma molécula específica de sinalização celular, que acaba diminuindo quando a memória sofre prejuízos derivados da perda de sono.
Assim, o objetivo para o futuro dessas pesquisas é o de melhor analisar como o cérebro humano recebe, guarda e se lembra das informações, somente então sendo possível buscar alguma solução para que possamos recuperar memórias esquecidas.
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