Este é o motivo pelo qual o terremoto na Síria e na Turquia causou grande destruição
Os dois países ficam em uma região com diversas placas tectônicas, e algumas outras questões sociais podem ocasionar um desastre ainda pior.
O número de mortes causadas pelo terremoto na Síria e na Turquia alcançou 37 mil pessoas e outras milhares de vítimas estão desabrigadas. No início do mês de fevereiro, no dia 6, um terremoto fatal tomou os dois países com uma notícia que pode fazer o número de mortos chegar a 100 mil.
O terremoto de magnitude 7,8 foi ocasionado por um rompimento de 100 km nas placas tectônicas localizadas na Arábia e na Anatólia. Às 4h15, do horário local, o terremoto atingiu a região Sul da Turquia. Prédios e diferentes construções não resistiram e caíram aos pedaços imediatamente, deixando milhares de pessoas sob os escombros.
Além do tremor principal, após grande ruína, outros pequenos terremotos continuaram acontecendo e foi exatamente isso que assinou a destruição total dos dois países. Este é o evento mais mortal desde 2011, quando o terremoto Tohoku atingiu o Japão, seguido por um tsunami que foi capaz de levar a vida de 20 mil pessoas.
O número de mortos registrados na Turquia deixa o terremoto em terceiro lugar como o mais fatal da história do país. Em 1999, o terremoto Izmit foi capaz de matar 17 mil pessoas e o pior da história foi o Erzincan, em 1939, com 33 mil mortes registradas.
Terremoto na Síria e na Turquia: por que foram tão desastrosos?
Observar esses acontecimentos é algo capaz de comover a humanidade. Muitos se perguntam como um terremoto pode causar tanta destruição em dois países dessa forma. Certamente, há explicações: região com placas tectônicas, construção desigual sem edifícios à prova de terremotos e o solo mole podem justificar o caos.
O noroeste da Síria e o sudeste da Turquia estão próximos de três placas tectônicas enormes: a Árabe, a Africana e a de Anatólia. Ao colidirem, as placas são capazes de causar tremores. Especialistas indicam que o terremoto aconteceu pelas placas da Anatólia e da Arábia. Após décadas se afastando uma da outra, a tensão juntou as duas placas no ponto de ruptura, o que foi capaz de causar a tensão. Há cientistas que declaram que essa tensão pode ter aumentado durante os séculos.
Os edifícios dos países começaram a tremer por conta do terremoto e os solos sedimentares, moles, fizeram com que a instabilidade fosse ainda maior, facilitando no desmoronamento das construções.
Outra questão de grande relevância foi o horário em que o terremoto aconteceu, quando as pessoas estavam dormindo em suas casas, tornando mínima a chance de sair dos prédios. Muitas dessas construções, inclusive, não eram à prova de terremotos.
Em uma declaração, o cientista David Wald, do Serviço Geológico dos Estados Unidos (ESGS), informou um dos motivos do caos:
“É difícil assistir ao desenrolar dessa tragédia, especialmente porque sabemos há muito tempo que os prédios da região não foram projetados para resistir a terremotos. Um terremoto desse tamanho tem o potencial de causar danos em qualquer lugar do mundo, mas muitas estruturas nessa região são particularmente vulneráveis”, afirmou o especialista.
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