Estudo feito pelo INCA revela o potencial de risco financeiro trazido pelo cigarro
De acordo com o estudo, cerca de 8% da renda mensal dos fumantes é destinada à manutenção do vício.
É natural que, por ser um consumidor ávido de determinado produto, uma pessoa destine parte da sua renda a esse item. Esse “rombo” pode ser ainda maior a depender da relação entre o preço do produto e a renda do indivíduo.
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Seguindo essa linha, um levantamento feito pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontou qual é o impacto do cigarro na vida financeira dos fumantes — além dos sérios riscos à saúde já conhecidos.
A pesquisa foi apresentada no último dia 31 de maio e serviu como endosso às atividades do Dia Mundial sem Tabaco, celebrado no mesmo dia.
Fumantes gastam 8% da renda mensal com cigarro
O levantamento do INCA demonstra uma porcentagem preocupante: os fumantes gastam, em média, quase 10% da renda mensal com o consumo de cigarros industrializados.
Entre os mais afetados pelo causador de diversas doenças, estão jovens, pessoas com baixa escolaridade e pessoas que habitam em regiões mais pobres.
O Acre é o estado brasileiro que teve um maior percentual no que diz respeito aos gastos: cerca de 14% da renda familiar per capita é voltada ao consumo do cigarro. Contrariamente, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal foram as regiões com menor média, ficando com 6%.
A média do gasto aumenta também com a idade dos consumidores. Entre os fumantes de 15 a 24 anos, a porcentagem é de 11%.
Uma das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ir contra ao acesso do produto, é aumentar os preços para desestimular as pessoas a comprá-lo.
A narrativa ganha ainda mais força quando alguns indicadores são observados, a exemplo de menores de idade se tornando fumantes e gasto crescente que as doenças provocadas pelo tabaco causam a sistemas de saúde pública, como o SUS.
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