Estudo revela que trabalhar sentado pode levar à morte prematura
O estudo realizado em Taiwan revelou que trabalhar sentado é o novo hábito de fumar.
A pesquisa conduzida por cientistas da Universidade Médica de Taipei, em Taiwan, revelou que pessoas que passam longas horas sentadas durante o expediente enfrentam um risco significativamente maior de mortalidade prematura.
Os resultados, publicados na revista Jama Network Open no último dia 19 de janeiro, adicionam mais evidências a uma crescente preocupação com o sedentarismo, agora considerado um dos principais problemas de saúde contemporâneos.
Esses especialistas afirmam que ficar sentado é semelhante ao hábito de fumar, e, com isso, podemos perceber a gravidade da comparação.
Ao analisar dados de mais de 481 mil pessoas ao longo de duas décadas, os pesquisadores focaram nas atividades durante o trabalho e nos hábitos relacionados à saúde física.
Trabalhar sentado é prejudicial à saúde
Durante o período de duas décadas analisado, cerca de 26.257 voluntários do estudo faleceram, dos quais 15.045 (57%) ocupavam cargos que exigiam longos períodos sentados.
Os resultados revelaram que os participantes que passavam a maior parte do tempo de trabalho inativos apresentavam um aumento de 16% no risco de morte prematura.
Especificamente em relação a doenças cardiovasculares, o grupo que permanecia sentado por mais tempo tinha um risco 34% maior de mortalidade.
Aqueles que adotavam uma rotina híbrida, alternando entre períodos sentados e em pé no trabalho, não demonstraram um aumento no risco de morte.
Os pesquisadores destacaram que o risco de morte prematura e o desenvolvimento de doenças cardíacas podem ser compensados com a prática diária de 15 a 30 minutos de exercícios vigorosos.
Diante dos resultados, os cientistas defendem a necessidade de mudanças nas rotinas de trabalho para promover a saúde dos profissionais.
Entre as sugestões apresentadas pelos autores do estudo estão a implementação de áreas de trabalho dedicadas a atividades físicas, a oferta de benefícios que incluam inscrições em academias, a adoção de mesas ajustáveis em altura e a promoção de pausas mais frequentes.
Essas propostas visam não apenas combater o sedentarismo, mas também criar ambientes de trabalho mais saudáveis, incentivando a prática regular de atividades físicas.
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