Estudos alertam: casos de jovens com problemas mentais estão aumentando

No período em que estamos vivendo, condições como ansiedade e depressão estão cada vez mais comuns, principalmente entre as faixas etárias nas quais se encontram as pessoas jovens. Segundo os dados do COVID Social Mobility & Opportunities, o maior estudo sobre os impactos da pandemia na juventude, a proporção da população adolescente com problemas de saúde mental quase duplicou nos últimos 15 anos.

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O que detalha o estudo?

De acordo com os pesquisadores, 44% dos jovens analisados tinham risco de sofrer com problemas de saúde mental, indicando altos níveis de sofrimento psicológico. Esta porcentagem aumentou consideravelmente ao longo dos anos, o que pode estar ligado ao declínio das funções cerebrais e no bem-estar, provavelmente acelerado pela pandemia.

No total, foram entrevistados 13 mil jovens com idades entre 15 e 16 anos. Neste mesmo estudo, foi possível analisar as diferenças na saúde mental de meninos e meninas. Ao fim da análise, ficou claro que o sexo feminino obteve os piores resultados, uma vez que 11% desta população relataram tentativas de suicídio.

Fatores que influenciam na saúde mental dos jovens

O aprendizado, o desenvolvimento e a manutenção de grande parte dos hábitos sociais e emocionais mais importantes para a estabilidade mental faz parte da adolescência. Sendo assim, a adoção de práticas como sono adequado, realização de exercício físico e o desenvolvimento de habilidades para gerenciar as emoções são ações relevantes para se garantir uma juventude saudável.

O ambiente familiar, escolar e social podem ser suportes ou fatores de risco para as desordens mentais nos mais jovens. Uma vez que os conflitos familiares, envolvimento precoce com drogas, pressões para fazer parte de certos grupos, influências da mídia, condições econômicas e discriminação de gênero são questões que expõe o adolescente a um risco muito maior de adquirir distúrbios mentais.

Ansiedade e depressão

A juventude costuma ser a fase mais complicada pelo fato de os jovens quererem se adaptar às exigências das aparências e emoções que sempre são impostas pela sociedade. Quando as expectativas não são alcançadas, problemas como ansiedade e depressão surgem. Eles levam os adolescentes a desenvolverem quadros clínicos de irritabilidade, frustração e raiva descontrolável.

Os transtornos gerados pela dificuldade de gerir as emoções são profundamente impactantes e trazem sérios danos à saúde mental, algo que exige a atenção profissional especializada. É por isso que a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma: tratar os jovens quanto antes evita mortes precoce e sofrimentos na fase adulta.