Evasão escolar aumentou na pandemia: situação de vulnerabilidade está fazendo estudantes deixarem a escola

Dados indicam que as crianças da chamada “geração Covid” são as mais prejudicadas pela pandemia.

A vulnerabilidade social se agravou consideravelmente no Brasil após a chegada do novo coronavírus. Com isso, a evasão escolar aumentou na pandemia. Nesse sentido, alguns levantamentos já foram realizados e mostraram como a situação é preocupante. Saiba mais!

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Evasão escolar aumentou durante a pandemia

Segundo uma pesquisa conduzida pelo instituto Datafolha em fevereiro de 2021, cerca de quatro milhões de estudantes brasileiros de 6 a 34 anos abandonaram a escola em 2020, o que representa uma taxa de 8,4% de evasão escolar. O percentual de abandono foi maior entre os alunos do ensino superior, com 16,3%.

Além disso, um estudo divulgado em janeiro de 2022 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicou que a evasão escolar na faixa etária de 5 a 9 anos aumentou de 1,41% para 5,51% no período entre 2019 e 2020, o que representa um crescimento de 197,8%. Desse modo, o percentual é semelhante ao nível observado em 2006.

Por que as pessoas estão abandonando os estudos?

A pandemia trouxe muitas questões à tona, como o luto, a fome, o desemprego, a precarização dos serviços de saúde, entre outras. Por isso, em muitos casos, os jovens estão deixando de estudar para ajudar os pais a trabalhar e conseguir o mínimo para sobreviver.

Além disso, durante a pandemia, a maioria das escolas adotou o ensino remoto. No entanto, uma grande parcela da população não possui meios (acesso à internet e equipamentos) para acompanhar esse tipo de ensino. Quanto às iniciativas governamentais para viabilizar o acesso desses estudantes, foram insuficientes.

Consequências do aumento da evasão escolar

As consequências desse abandono podem ser bastante danosas, haja vista que a escola tem o papel de proteger e amparar, além de educar. Ademais, a escolaridade é muito importante para se obter empregos melhores e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida. Sem isso, a situação de miséria no país tende a se perpetuar.

Como fazer as pessoas retornarem para a escola?

Atualmente, com a vacinação e a melhora dos índices epidemiológicos, muitas escolas já retomaram o ensino presencial. Com isso, pelo menos a parte do acesso às aulas torna-se um problema menor. Porém, são necessárias políticas públicas de assistência às famílias, a fim de garantir a manutenção das pessoas nas escolas.

Uma família onde todos os membros são desempregados e sem auxílio governamental pode permitir que uma criança ajude a trabalhar em detrimento de se manter na escola, pela sua própria sobrevivência. Por isso, é necessário fornecer as aulas, mas também meios de assegurar a permanência das pessoas nas salas de aula.

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