Febre oropouche no Brasil: Ministério da Saúde emite alerta

Já são mais de 5 mil casos registrados em 2024.

Recentemente, o Ministério da Saúde emitiu um alerta para as demais autoridades sanitárias sobre uma alta de casos de febre oropouche que está ocorrendo no Brasil.

Essa doença, desconhecida por parte da população, é causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, que tem como vetores principais os mosquitos conhecidos como maruim, dos tipos Culicoides paraenses e Culex quinquefasciatus, mais especificamente.

Até agora, todos os grandes surtos de febre oropouche tinham sido registrados na região Norte do Brasil, nos estados que compõem a Amazônia Legal brasileira.

No entanto, desta vez a doença se espalhou pelo país inteiro, ao que parece.

A febre oropouche é mais comum na região Norte do país. Imagem: reprodução/internet

Casos relatados

No atual surto de febre oropouche, o Ministério da Saúde relatou 5.102 ocorrências, sendo 2.947 delas no estado do Amazonas, 1.528 em Rondônia e os 627 restantes em outros 11 estados espalhados por todas as demais regiões do país, com exceção do Centro-Oeste.

De acordo com a pasta, ainda existem centenas de outros casos que aparentam ser febre oropouche, mas estão em investigação para que haja certeza.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, a faixa etária da maioria das pessoas diagnosticadas com febre oropouche é de 20 a 29 anos.

Também há um percentual considerável de pacientes entre 30 e 50 anos e outro grupo entre 10 e 19 anos.

Dadas essas informações centrais, a autoridade máxima em saúde no país já posicionou secretarias e outros órgãos adjacentes para combater o surto e manter o suporte clínico às pessoas infectadas.

Transmissão e sintomas

Identificado pela primeira vez no Brasil em 1960, o Orthobunyavirus oropoucheense também pode ser transmitido por mosquitos, como o Aedes serratus e o Coquillettidia venezuelensis.

Entretanto, os maruins e outros mosquitos não são a origem do vírus que provoca a febre oropouche, mas apenas seus vetores.

O ciclo de contaminação acontece quando um mosquito pica um animal doente, contraí o vírus e o transporta até o próximo hospedeiro, que pode ser um ser humano.

Os sintomas da doença incluem dores de cabeça, dores musculares, febre alta, dores nas articulações, náuseas, vômitos e episódios de diarreia.

Como se confundem com os sintomas de diversas outras doenças, esses sinais precisam ser investigados.

Como se prevenir contra a febre oropouche?

Neste momento de alta de casos da febre oropouche, o Ministério da Saúde recomenda cautela aos moradores e visitantes dos locais mais afetados pela doença.

Se for imprescindível a ida a áreas nos estados do Amazonas e de Rondônia, principalmente, é fundamental proteger-se contra os mosquitos utilizando repelentes e outros artifícios.

Apesar disso, caso a visita não seja extremamente necessária, o recomendado é evitar esses locais por enquanto.

Ademais, os moradores das regiões afetadas pelo surto devem trabalhar contra a proliferação dos mosquitos transmissores da febre oropouche, adotando medidas semelhantes àquelas vistas no combate ao Aedes aegypti, o “mosquito da dengue”.

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