“Felicidade e satisfação no trabalho” é possível?
Quem nunca escutou a famosa frase “faça aquilo que você ama e nunca terá que trabalhar um dia sequer na vida”?!
Possuir o sentimento de felicidade no trabalho pode ser o objetivo de muitas pessoas. Afinal de contas, quem nunca escutou a famosa frase “faça aquilo que você ama e nunca terá que trabalhar um dia sequer na vida”?
No entanto, você realmente acredita que há uma possibilidade disso acontecer com você?
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Pensando nisso, analisamos as explicações fornecidas pelo psicólogo e autor do livro “Playfulness”, Lucas Franco Freire. De acordo com ele, uma ótima definição para compreendermos melhor, é que ser feliz no trabalho não se trata de “felicidade”, mas unicamente de “bem-estar”.
Pois, a vida pessoal possui encontros e desencontros com a felicidade, é simplesmente algo inevitável.
“Felicidade é arbitrária. Ela está, muitas vezes, na caixa, e não no brinquedo. Ela está na jornada e não no fim. Ela parece indomável, porque é pessoal e intransferível”, acrescenta.
Ok! Mas, trabalhar é sofrer?
De acordo com o psicólogo, primeiramente devemos compreender o que significaria o termo “sofrimento no trabalho”. Pois, para muitos, o trabalho é sinônimo de sofrimento.
“O trabalho é um espaço para o sofrimento além do esforço. É isso que a gente precisa redesenhar. Eu conheço pessoas felizes e infelizes em todos os lugares”, diz o especialista.
Além disso, outro tópico de reflexão em seu ponto de vista, é que o trabalho pode ser visto como fonte de adoecimento, logo, é necessário ilustrá-lo como um local que não forneça sofrimento maior do que o esforço.
Burnout e a velha rotina
“Nós caímos na cilada do tóxico e da felicidade tóxica quando nós transformamos a felicidade em produto, em prateleira, ou quando a gente transforma felicidade em fórmula. E não há fórmula”.
Quando pensamos deste modo, é provável que a Síndrome de Burnout “dê as caras”.
Aos que desconhecem este termo, a “Síndrome de Burnout” é um esvaziamento energético. Seu histórico está diretamente relacionado a profissões que fornecem cuidados, como, por exemplo, professores, informa Freire.
Mas, na sociedade atual, ela aparece unicamente devido ao modelo social com o qual convivemos.
“As pessoas estão vivendo uma ansiedade crônica, com muitas cobranças nas organizações. Se a gente associar isso a ambientes que não se desenham para construir bem-estar, temos o caldeirão perfeito”, conclui.
Após a evolução da vacinação referente à Covid-19, inúmeras empresas estão voltando a sua rotina tradicional, e algumas optando pela forma híbrida, alguns momentos presenciais, outros virtuais. Contudo, o que devemos pôr em foco é que ao retornar ao “tradicional”, certo impacto é produzido nos funcionários.
Mas, é nesse momento que os sentimentos não podem ser deixados de lado, e devem ser colocados para fora. Freire ainda aborda que nós não somos como éramos antigamente, e isso precisa ser comentado.
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