Fóssil de aranha de 310 milhões de anos é descoberto na Alemanha; veja imagem

O fóssil do aracnídeo foi localizado no norte da Alemanha e estava praticamente intacto. Essa foi a espécie de aranha mais antiga já foi localizada no país.

Um fóssil de aranha com cerca de 310 a 315 milhões de anos foi encontrado na Alemanha, tornando-se o aracnídeo mais antigo já identificado. A análise aponta que a espécie viveu no norte do país europeu durante o período Carbonífero.

A impressionante espécie é um novo registro de aracnídeo que nunca foi analisado por pesquisadores. O achado recebeu o nome científico de Arthrolycosa wolterbeeki em homenagem a Tim Wolterbeek, responsável pela localização e doação do fóssil ao museu da capital alemã.

A notícia, que foi divulgada em julho na revista científica Paläontologische Zeitschrift, gerou curiosidade na comunidade científica.

O novo aracnídeo traz consigo uma riqueza de informações sobre a história dessas criaturas antigas e como elas podem estar relacionadas às aranhas modernas que conhecemos hoje.

A descoberta excepcional do fóssil de aranha

Como citado anteriormente, a aranha foi encontrada pelo pesquisador de geociências, Timotheus Wolterbeek, na cidade de Osnabrück, na Alemanha, há quatro anos.

O pesquisador decidiu encaminhar o fóssil para o especialista em aracnídeos, Jason Dunlop, para que o material fosse devidamente estudado.

Os fósseis de aranhas são raros, devido à sua estrutura delicada e vulnerável à degradação ao longo dos milênios. Por isso, esse fóssil foi recebido com muito entusiasmo.

Após inúmeras análises, identificaram que a aranha é da Era Paleozoica, um período geológico que durou mais de 200 milhões de anos. Os pesquisadores conseguiram identificar, mais especificamente, que a espécie viveu no período Carbonífero.

(Imagem: Jason Dunlop – Museum für Naturkunde Berlin/Reprodução)

Por tudo isso, a estimativa da idade do fóssil da aranha é entre 310 e 315 milhões de anos, aponta Jason Dunlop. O especialista também identificou que:

“Característico do gênero, o novo fóssil revela um opistossoma dorsal tuberculado na parte posterior, além de pernas relativamente alongadas e com cerdas, nas quais a primeira perna é mais longa que a segunda e a terceira. As fiandeiras também estão preservadas, confirmando seu status como uma aranha genuína, em vez de fazer parte de uma linhagem extinta de aracnídeos semelhantes a aranhas.”

Para Dunlop, o fóssil sugere que as aranhas não eram tão diversas no período Carbonífero como são hoje em dia. Quando comparado com as aranhas modernas, aparentemente, o fóssil se assemelha à Mesothelae, uma aranha da subordem da ordem Araneae.

A descoberta é um registro único que oferece a oportunidade de despertar novos estudos sobre a evolução dos aracnídeos, permitindo compreender mais sobre suas adaptações e desenvolvimento ao longo de milhões de anos. Após o estudo, o fóssil foi doado ao Museu de História Natural de Berlim.

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