Se a evolução é real, por que ainda existem macacos por aí? Entenda esse "mistério"

O estudo sobre evolução humana exige uma série de conhecimentos para uma ampla análise dos dados. Assim, o entendimento sobre essa temática complexa é facilitado.

A ciência desenvolvida pela genética auxiliou a Paleoantropologia nos estudos da evolução humana, sendo possível a extração de amostras de DNA de alguns fósseis recentes.

Aliado a isso, os conhecimentos da Paleoantropologia são de suma importância para o estudo da ancestralidade humana, devido à riqueza de evidências nos fósseis.

Tal ciência, responsável por pesquisas com evidências empíricas, faz estudos com restos de ossos fossilizados de humanos e pré-humanos, a fim de construir uma cronologia e/ou relações com outras espécies de primatas fósseis, incluindo também pesquisas às vezes associadas a instrumentos ou construções.

A origem da espécie humana revela uma história evolutiva dos primeiros 3,5 bilhões de vida neste planeta.

Mas, há pelo menos 6 milhões de anos, uma população de primatas habitando o noroeste da África se dividiu em duas linhagens que passaram a evoluir de forma independente.

Uma permaneceu no ambiente da floresta, dando origem aos chimpanzés de hoje, e a segunda, devido ao processo de adaptação a outros ambientes, resultou na espécie de Homo sapiens, há 200 mil anos.

Dados que comprovam a ancestralidade humana

Para efetuar essa apuração, foi preferível utilizar-se de um dos pesquisadores mais renomados no campo da biologia evolutiva, o bioantropólogo e brasileiro, Walter Neves.

Ele fez parte de um documentário produzido pela Universidade de São Paulo (USP), narrando que a ciência assume ser o chimpanzé nosso ancestral comum, pois o “elo perdido” tinha feições de chimpanzé. Mas isso, na verdade, não foi comprovado.

(Imagem: Divulgação)

Partilhamos (chimpanzé e Homo sapiens) o nosso último ancestral comum em torno de mais ou menos 7 milhões de anos, provavelmente na África

Nós, Homo sapiens, evoluímos desse ancestral, mas não podemos esquecer que os símios arborícolas, como o chimpanzé, também evoluíram.

Por mais que os livros didáticos queiram simplificar o diálogo com os alunos, ao retratar um chimpanzé progredindo para um organismo cada vez mais ereto, tendo nossa espécie como final, é importante apontar que a “evolução das espécies” não necessariamente teve alguma ordem.

Não foi necessário um aumento no cérebro para haver fabricação das primeiras ferramentas, por exemplo. A esse fenômeno os cientistas dão o nome de evolução em mosaico.

A fabricação de ferramentas antecede o aparecimento dos cérebros maiores, sendo as primeiras, segundo descobertas mais recentes no Quênia, de cerca de 3,3 milhões de anos atrás.

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