Fóssil de aranha gigante de 16 milhões de anos que intriga cientistas australianos
Denominado Megamonodontium mccluskyi, este aracnídeo pré-histórico, estimado como cinco vezes maior que as aranhas-alçapões atuais.
Na mais recente façanha da paleontologia, os cientistas australianos anunciaram a descoberta de um fóssil único e fascinante: Megamonodontium mccluskyi, uma aranha gigante que percorreu a Austrália há aproximadamente 16 milhões de anos.
Este aracnídeo, cinco vezes maior do que as aranhas alçapões modernas, revela detalhes cruciais sobre a antiga fauna do continente.
Um aracnídeo pré-histórico
O fóssil foi identificado pelo Dr. Robert Raven, renomado aracnólogo do Museu de Queensland, que descreveu Megamonodontium mccluskyi como o maior espécime fossilizado já encontrado na Austrália. Este notável achado é um dos apenas quatro restos fossilizados de aranhas registrados no país, de acordo com Mathew McCurry, principal autor do estudo.
Imagem: Australian Museum/reprodução
Denominado em homenagem ao cientista Simon McClusky, que o descobriu, o Megamonodontium mccluskyi oferece uma janela única para o passado.
“Não é apenas a maior aranha fossilizada encontrada na Austrália, mas é o primeiro fóssil da família Barychelidae encontrado em qualquer lugar do mundo”, observou Simon McClusky.
A existência dessa aranha gigante remonta ao período Mioceno, quando a Austrália era coberta por densas selvas tropicais. Sua descoberta não apenas amplia o conhecimento sobre a evolução e extinção desses aracnídeos, mas também desafia a compreensão geográfica de sua distribuição.
Comparando com as aranhas alçapões modernas, que geralmente medem cerca de 10 milímetros, o Megamonodontium mccluskyi impressiona com um tamanho impressionante de 50 milímetros de ponta a ponta. Esta aranha pré-histórica agora se posiciona como o segundo maior registro de uma aranha encontrada na Austrália, bem como o segundo vestígio mais bem preservado de um aracnídeo migalomórfico.
A riqueza do fóssil também fornece insights sobre a extinção dessa espécie única. O desaparecimento do Megamonodontium mccluskyi coincide com a transição da Austrália para um clima mais árido, sugerindo uma correlação direta entre a mudança climática e a extinção dessas aranhas gigantes.
A importância dessa descoberta transcende o campo da paleontologia, destacando a raridade de fósseis de aranhas e seu valor para compreender o passado distante da Austrália.
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