Fraude? MAPA manda recolher oito lotes de café DESTAS marcas famosas; saiba o motivo

De acordo com o órgão, os produtos podem ter sido adulterados. Por esse motivo, o recolhimento se fez necessário para averiguação.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou uma ação de recolhimento que abalou o mundo do café, com oito lotes do produto de várias marcas populares retirados do mercado.

A medida ocorreu após a descoberta de que esses cafés continham impurezas e substituições de grãos por matéria-prima adulterada, levantando preocupações sobre a qualidade e autenticidade deles.

Os produtos recolhidos

Os lotes afetados pertencem a marcas bem conhecidas, incluindo Fazenda Mineira, Jardim, Lenhador Extra Forte, Lenhador Tradicional, Balaio, Bico de Ouro e Bico de Ouro 100% Puro e Robusta.

(Imagem: Unsplash/Reprodução)

Tais mercadorias foram removidas das prateleiras devido a descobertas alarmantes de que os grãos de café foram substituídos por resíduos como excesso de cascas e paus de café.

A fraude, que visava aumentar o volume dos produtos de café de maneira desonesta, agora é investigada pelo governo. Tiago de Dokonal, coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, explicou que:

“Esses resíduos do beneficiamento do grão de café foram torrados como se fossem grãos de café legítimos”, afirma Dokonal.

Essa não é a primeira vez que fraudes relacionadas ao café são descobertas. Em julho de 2023, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal realizou uma operação conjunta para combater a fraude em cafés de vários estados.

Durante essa operação, uma fábrica de grãos torrados e moídos em Minas Gerais foi interditada, e grandes quantidades de café irregular foram apreendidas. No total, mais de 26 marcas foram identificadas com indícios de infrações, destacando a extensão do problema.

O Mapa e outros órgãos de fiscalização redobram seus esforços para garantir a qualidade e a autenticidade dos produtos vendidos no Brasil, um dos maiores produtores e exportadores de café do mundo.

Nota de esclarecimento

A Indústria e Comércio Café Balaio Ltda, que processa as marcas Café Balaio, Café Lenhador Tradicional e Café Lenhador Extra Forte, entrou em contato com a nossa redação enviando uma nota de esclarecimento sobre os fatos ocorridos. Veja a íntegra do documento:

“A Indústria e Comércio Café Balaio Ltda, que processa as marcas Café Balaio, Café Lenhador Tradicional e Café Lenhador Extra Forte, esclarece que os sistemas para assegurar a qualidade de seus produtos têm sido permanentemente ajustados às diretrizes da Portaria n° 570 do Ministério da Agricultura, que estabeleceu este ano os limites de impureza em cafés torrados e moídos. A empresa atua para colocar no mercado cafés com índices de impureza inferiores aos permitidos pela legislação vigente.

Por conta desses cuidados, foi com surpresa que ela recebeu as notificações do Ministério da Agricultura sobre irregularidades nos lotes: 58 do Café Balaio e 59 do Café Lenhador Tradicional e Lenhador Extra Forte. De imediato, a Café Balaio recolheu todos os lotes desses produtos da rede varejista e iniciou amplo processo de atualização e ajustes no sistema de produção para evitar que a intercorrência se repita, uma vez que contraria totalmente sua política de qualidade.

Por outro lado, a empresa contesta a afirmativa de que “os grãos de café foram substituídos por matéria-prima contendo excesso de cascas e paus de café. Segundo o ministério, a finalidade seria aumentar o volume e enganar o consumidor.

As impurezas detectadas não são decorrentes de ações deliberadas sob qualquer objetivo. A Café Balaio classifica o ocorrido como uma falha pontual nos procedimentos que antecederam a torragem e moagem dos grãos de apenas dois lotes. Esses processos estão agora sob atenção redobrada e com novas tecnologias.

A Indústria e Comércio Café Balaio Ltda tranquiliza clientes e consumidores sobre a qualidade de seus produtos e reafirma que segue priorizando a excelência, fator que gerou a credibilidade necessária para mantê-la há 12 anos no mercado e garantir sua presença em pequenos, médios e grandes varejistas.”

* Todas as informações contidas nesse artigo foram retiradas integralmente de uma matéria original veiculada pelo jornal Correio Braziliense.

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