Futuro do tratamento contra calvície: cientistas criam folículos capilares em laboratório

Pela primeira vez cientistas criaram folículos capilares em laboratório, o que aponta para uma revolução no tratamento contra calvície. Para chegar a esse resultado, os cientistas recorreram a células de roedores e isso poderá tornar desnecessário o transplante em que folículos de outras partes do corpo são levados à cabeça.

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Como se deu a criação dos folículos capilares

O estudo recente chamou bastante atenção da comunidade científica ao redor do mundo e foi publicado na revista Science Advances. Nele é possível encontrar alguns dos detalhes de como se deu a primeira criação de folículos capilares em laboratório do mundo, que contou com ajuda de alguns roedores.

Segundo os relatórios, os cientistas utilizaram células de embriões de roedores, ou seja, roedores que ainda não nasceram. Assim, os cientistas se debruçaram na realização de alteração dessas células de modo que foi possível fazer nascer novos folículos da mesma maneira como se dá no ser humano.

Após observações, os pesquisadores identificaram que os cabelos criados cresceram cerca de 3 mililitros de comprimento num período de aproximadamente 23 dias de observação e cuidados. O período que necessário para esse desenvolvimento se explica pelo próprio ciclo de crescimento capilar dos roedores que se dá em torno de um mês.

Possível método de tratamento contra calvície

O estudo traz uma nova perspectiva quanto ao futuro do tratamento contra a calvície, condição que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Geralmente, a ausência de folículos capilares tem explicação no fator genético, de modo que nenhum remédio é realmente eficiente para fazer cabelo crescer normalmente.

Atualmente, o método mais eficaz é o transplante capilar, em que cirurgiões plásticos retiram folículos de outras partes do corpo e o depositam nas falhas da cabeça. Esse tratamento ganhou muita notoriedade nos últimos anos e já movimenta um mercado bilionário.

Portanto, a criação desses folículos é uma revolução nos estudos dermatológicos e indica que, no futuro, poderá haver mais métodos de reversão desse quadro. Até lá, ainda é possível recorrer a medicamentos variados que ajudam no estímulo ao crescimento do cabelo.