G7 e União Europeia unem forças para um futuro responsável da IA

Países estão pensando em elaborar um código de conduta para o uso da IA, confira.

A Inteligência Artificial (IA) é uma das tecnologias mais transformadoras do nosso tempo, com implicações profundas em todos os aspectos da sociedade.

O crescimento acelerado trouxe benefícios significativos, mas também apresentou desafios éticos e gerou preocupações sobre o uso responsável. A inteligência artificial está presente em nossas vidas de diversas formas.

Nós usamos desde chatbots que facilitam o atendimento ao cliente até algoritmos de recomendação que moldam o conteúdo que consumimos.

Nesse sentido, empresas, governos e organizações de todos os tipos estão adotando essa tecnologia para otimizar processos, tomar decisões informadas e impulsionar a inovação.

No entanto, o uso da Inteligência Artificial também levanta questões sobre privacidade, viés algorítmico e responsabilidade. Algoritmos de Inteligência Artificial podem coletar e analisar enormes quantidades de dados pessoais, muitas vezes sem que o usuário tenha pleno conhecimento ou controle sobre como essas informações são usadas.

Além disso, os algoritmos podem refletir e ampliar preconceitos existentes na sociedade, resultando em discriminação. Em vista disso, surge a necessidade de um código de conduta para a IA.

Como será o código de conduta do G7?

Portanto, o Grupo dos Sete (G7), que reúne as sete maiores economias do mundo – Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos – juntamente com a União Europeia, está no processo de aprovação de um código de conduta destinado a empresas que desenvolvem sistemas avançados de IA.

Essa iniciativa, revelada por um documento do G7 obtido em primeira mão pela Reuters, é um esforço para mitigar os riscos e potenciais usos inadequados dessa tecnologia emergente.

O código de conduta compreende 11 pontos e tem como objetivo promover a utilização segura, confiável e responsável da IA em escala global.

Ele estabelecerá diretrizes voluntárias para as ações de organizações envolvidas no desenvolvimento de sistemas avançados de IA, incluindo modelos de última geração de IA e sistemas generativos de IA.

Uma das recomendações-chave do código é que as empresas tomem medidas apropriadas para identificar, avaliar e mitigar riscos ao longo do ciclo de vida dos sistemas de IA.

Além disso, as empresas devem abordar incidentes e padrões de uso inadequado após a disponibilização de produtos de IA no mercado.

O código também incentiva as empresas a divulgarem relatórios públicos detalhando as capacidades, limitações, uso e possíveis formas de uso inadequado de seus sistemas de IA.

Vera Jourova, Comissária Digital da Comissão Europeia, enfatizou que o Código de Conduta oferece uma base sólida para garantir a segurança na Inteligência Artificial e servirá como uma ponte até que a regulamentação efetiva esteja em vigor.

Essa iniciativa reflete as crescentes preocupações com a privacidade e os riscos de segurança associados à Inteligência Artificial, estabelecendo diretrizes importantes para as empresas no desenvolvimento e uso responsável dessa tecnologia.

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