Galinhas e baratas podem sobreviver dias sem cabeça; mas, como isso é possível?

Na natureza, muitos mistérios intrigantes permanecem gerando debate, e um deles diz respeito à notável capacidade de galinhas e baratas sobreviverem por dias após a decapitação.

Embora pareça um conto de horror, a ciência revela que essa sobrevivência está ligada à natureza descentralizada de seus sistemas nervosos e à capacidade de manter reflexos e funções por um curto período sem o cérebro.

O que a ciência tem a dizer sobre esse fenômeno?

A explicação para esse fenômeno reside na peculiar anatomia desses animais. Diferentemente dos seres humanos, muitos insetos não têm um sistema nervoso centralizado no cérebro.

Em vez disso, eles têm uma coleção de gânglios nervosos ao longo de seus corpos. Isso permite que funções vitais, como respiração e movimentos das patas, continuem mesmo após a remoção da cabeça.

A sobrevivência após a decapitação também é sustentada por reflexos neurais que não dependem do cérebro, estando limitados unicamente a determinada parte do corpo.

Por exemplo, se alguém tocar na pata de uma barata decapitada, ela ainda poderá movê-la graças aos gânglios nervosos nessa região, que podem gerar respostas automáticas.

(Imagem: unsplash)

Outro fator crucial é a forma como esses animais controlam a respiração. Galinhas e baratas têm aberturas chamadas espiráculos ao longo de seus corpos, responsáveis por regular a entrada de oxigênio.

Mesmo na ausência do cérebro, esses orifícios mantêm sua função primária, permitindo a respiração passiva, o que mantém o suprimento de oxigênio para o corpo.

Além disso, ambas as espécies armazenam uma quantidade considerável de energia em seus corpos na forma de glicogênio e outras substâncias. Isso sustenta suas funções vitais por um curto período após a decapitação.

Então, o que mata esses animais após a decapitação?

A resposta é simples: a falta de alimentação e água é o que finalmente leva à morte desses animais após a decapitação. A ausência da cabeça impede a ingestão de alimentos e líquidos, e as reservas de energia acabam se esgotando.

É importante notar que a capacidade de sobreviver após a decapitação pode variar entre indivíduos e depende de fatores como idade, saúde e condição geral do animal.

E, claro, embora seja uma curiosidade fascinante do reino animal, a decapitação ainda é uma experiência letal para esses seres vivos.