Ganhador da Mega-Sena é assassinado: quem ficará a herança?

O sonho de ganhar na Mega-Sena chegou ao fim cedo demais para Jonas Lucas. Um crime foi cometido. Quem ficará com a herança do vencedor agora?

Ganhar na Mega-Sena, sem dúvida, é o sonho de quase todos os brasileiros. Imagine ficar milionário da noite para o dia por causa de uma aposta. É comum que as pessoas criem táticas e estratégias para escolher os números. Na verdade, há até mesmo quem estude o histórico dos sorteios anteriores. Sim, como se fosse uma ciência.

Leia mais: Mais um suspeito do assassinato de ganhador da Mega-Sena é preso

Ganhar na loteria alteraria a vida de qualquer um e em todos os sentidos. É uma mudança brusca de realidade, onde há uma exposição muito grande. Em 2020, por exemplo, Jonas Lucas Alves Dias, foi o ganhador da Mega-Sena e viu tudo mudar. Infelizmente não para melhor! Ele foi torturado e morto por criminosos em setembro deste ano.

Os assassinos arquitetaram um plano para sacar a sua fortuna.

Quem era Jonas Lucas?

Jonas tinha 55 anos, era do interior de São Paulo e não tinha esposa ou filhos. Antes de se tornar um vencedor, tinha uma vida simples e normal. Após ganhar o prêmio de R$ 47 milhões, ele ainda manteve o seu estilo de vida low profile. Na rua onde morava, era conhecido pelo apelido carinhoso “Luquinhas”. Ele foi encontrado no dia 14 em uma calçada de acesso na rodovia dos Bandeirantes com sinais visíveis de tortura. Luquinhas não conseguiu resistir aos ferimentos e veio a falecer no hospital.

Quatro suspeitos do crime tiveram as suas prisões temporárias decretadas. No momento, dois deles estão presos, mas os outros ainda continuam foragidos da polícia. Depois da morte de Jonas, a pergunta que ficou incomodando algumas pessoas é uma só: quem deverá receber a bolada de dinheiro que ele havia ganhado da Mega-Sena?

Apesar de não ter constituído a sua própria família, Jonas tinha uma irmã e um irmão que viviam na mesma casa com ele. Os herdeiros diretos são os seus irmãos. De acordo com o advogado Afonso Morais, especializado em crimes da área cível e digital, o valor será repartido em 50% para seu irmão e os outros 50% deverão ficar com sua irmã.

“Não havendo testamento, não havendo cônjuge, descendentes ou ascendentes, são herdeiros os parentes colaterais, ou seja, os de até quatro grau: pela ordem, irmãos, sobrinhos, tios e primos. Os mais próximos excluem os remotos, exceto os sobrinhos, que têm o direito de representar os irmãos do falecido”, explicou Afonso.

Segundo um amigo próximo de Jonas, ele disse que a vítima tinha investido boa parte do prêmio que recebeu da Mega-Sena em 2020. Com isso, acabou impossibilitado de mexer no valor durante o prazo de três anos. Esse fato explica o porquê da dificuldade dos criminosos de conseguir sacar valores muito altos durante a ação.

No dia do desaparecimento, o gerente do banco recebeu uma ligação. Os criminosos tentavam sacar R$ 3 milhões, porém o pedido foi negado. Os bandidos conseguiram fazer uma transferência de R$ 18,6 mil para conta de uma mulher que, após ser investigada, foi presa. Um dos suspeitos também conseguiu fazer um saque de R$ 2 mil.

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