Geração Z é considerada a menos feliz, segundo estudo

Infelicidade crescente na geração Z revela declínio significativo em sentimentos positivos comparados a gerações anteriores.

A geração Z, jovens nascidos entre 1996 e 2010, está manifestando níveis mais baixos de felicidade em comparação com gerações anteriores, um fenômeno que tem intrigado sociólogos e psicólogos.

Diversas pesquisas foram realizadas para entender essa tendência, revelando dados preocupantes sobre o bem-estar emocional desses jovens.

Um estudo feito pela Gallup entrevistou mais de 2 mil americanos entre 12 e 26 anos e revelou que apenas 60% se consideram ‘um pouco felizes’.

Esse número é ainda menor entre os que estão mais próximos da idade adulta, com a felicidade diminuindo drasticamente à medida que passam dos 18 anos.

Outro dado que causa preocupação é que cerca de 49% dos jovens afirmam não encontrar significado, interesse ou motivação em suas atividades diárias, o que pode ser um indicador chave da infelicidade relatada.

Essa mesma pesquisa também descobriu que membros da geração Z que se identificam como LGBTQIA+ são 16% menos propensos a dizer que são felizes — um dado importante, visto que pesquisas anteriores da Gallup encontraram que até 1 em cada 5 membros do grupo etário se identifica como assim.

Além disso, a comparação com outras gerações mostra um quadro ainda mais sombrio. Enquanto pessoas mais velhas relataram melhores níveis de felicidade na mesma faixa etária, a geração Z parece estar em uma trajetória de declínio emocional.

Do ponto de vista dos que se diziam felizes, a quantidade de sono adequada e também momentos de relaxamento estavam em segundo lugar dentre os fatores que contribuíram para esta percepção.

Aqueles que conseguiam ter as horas necessárias de sono estavam duas vezes mais propensos a se descreverem como pessoas felizes conforme o estudo.

Parte dessa geração saiu da adolescência e entrou na fase adulta recentemente – Imagem: Reprodução

Quais as causas da infelicidade?

A análise das razões por trás dessa tendência aponta para vários fatores. Um deles é a alta incidência de comparações sociais negativas, exacerbadas pelo uso intenso de redes sociais.

Aproximadamente 44% dos jovens da geração Z afirmam que frequentemente se comparam com outros, e cerca de 49% preocupam-se regularmente com o que os outros pensam deles.

Esta constante comparação social tem uma correlação direta com os baixos níveis de felicidade observados.

Outro desafio que se apresenta é o sentido de propósito. Os jovens que sentem que suas vidas têm um propósito claro são significativamente mais felizes.

Isso é evidenciado pelo fato de que a felicidade na geração Z é fortemente associada a sentir que o trabalho ou a escola são significativos.

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