Governo prepara correção do IR e aprova reajuste de 5% no salário de servidores

Governo precisará remanejar recursos de outras áreas para bancar a mudança.

Recentemente, o Governo Federal aprovou um reajuste salarial de 5% para os servidores federais, que deverá começar a ser aplicado em junho. Com isso, pretende ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda.

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Como será feito o reajuste salarial?

Antes de tudo, para conseguir manter os valores do reajuste salarial, o Governo Federal precisará encontrar uma fonte para o novo recurso. Afinal, a medida terá um impacto de R$ 6 bilhões na economia, valor três vezes maior que o previsto inicialmente. Por conta disso, acredita-se que haverá transferência de verbas de outras áreas para o reajuste no salário dos servidores federais.

Inclusive, anteriormente, a previsão era reajustar apenas os salários dos policiais federais. Porém, outras categorias demonstraram bastante insatisfação, gerando diversas greves de servidores públicos ao redor do país, como no Banco Central. Por isso, a equipe econômica se posicionou contra a medida, visto que a concessão poderia gerar pressão de outros setores.

Esse pacote de mudanças acompanha a liberação do saque emergencial do FGTS e a possibilidade de antecipar as duas parcelas do 13º salário de aposentados e pensionistas. Além disso, o governo estudava a possibilidade de conceder R$ 400 em vale-alimentação para todos os funcionários públicos.

A correção no Imposto de Renda

Também prometida da campanha eleitoral de 2018 do presidente Bolsonaro, a correção na tabela de isenção do Imposto de Renda ainda não foi implementada. Na época, a proposta era isentar todos os brasileiros com salário inferior a cinco salários mínimos.

Já no fim do primeiro ano de mandato, o presidente mudou o discurso e reduziu o valor da isenção defendida para R$ 3 mil. Entretanto, por conta da pandemia do coronavírus e do grande rombo nas contas públicas, admitiu que não seria mais possível elevar o valor desse piso.

Porém, já se passaram sete anos desde que a última mudança na tabela foi feita. Agora, a equipe econômica quer elevar a faixa de isenção de R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil, um valor bem inferior aos R$ 5 mil iniciais.

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