'Há 30 anos, disseram que a minha carreira havia acabado', relata Katalin Karikó

O Prêmio Nobel de Medicina é uma honra concedida desde 1901 e, ao longo de sua história, houve nove ocasiões em que ele não foi celebrado.

O Comitê do Nobel deu recentemente o Prêmio de Medicina e Fisiologia de 2023 a Katalin Karikó e Drew Weissman por conta das descobertas que influenciaram o desenvolvimento da vacina contra a Covid-19.

A premiação é um reconhecimento merecido por suas contribuições notáveis para a ciência e a medicina que tiveram um impacto transformador no combate à pandemia de Covid-19.

Adversidades até o Prêmio Nobel

A Dra. Katalin Karikó. (Imagem: YouTube/reprodução)

Em 1995, Katalin Karikó enfrentou uma série de desafios significativos em sua carreira e vida pessoal. O início da trajetória não indicava que poderia ser mundialmente premiada.

Naquela época, sua situação profissional estava longe de ser promissora, pois a Universidade da Pensilvânia não demonstrava confiança em seu trabalho e encerrou o financiamento para seus projetos.

Além disso, ela passava por momentos difíceis na vida pessoal, com seu marido enfrentando problemas de visto e uma recente recuperação de um diagnóstico de câncer.

Apesar das adversidades, Katalin não desistiu de seu projeto. Em uma entrevista, ela compartilhou sua perspectiva sobre o período desafiador, observando que, normalmente, muitas pessoas optariam por desistir e buscar outras chances.

Neste ano, a pesquisadora foi reconhecida por suas contribuições notáveis para a ciência ao receber o Prêmio Nobel de Medicina, uma prova do impacto significativo de seu trabalho na área médica e na pesquisa genética.

(Imagem: divulgação)

A cientista dedicou praticamente toda a década de 1990 e o início dos anos 2000 à sua pesquisa. Após cerca de uma década de trabalho árduo e persistente, ela finalmente conseguiu validar sua teoria, que teve um papel crucial no desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19.

Assim, além da resposta à Covid-19, as modificações de bases de nucleósidos, pesquisadas por Katalin, têm um potencial significativo em avanços futuros no tratamento de diversas outras doenças e problemas de saúde.