Hackers estão criando provas falsas para incriminar inocentes
Um grupo de hackers tem criado evidências criminosas e implantado em dispositivos de pessoas inocentes.
O poder do ser humano de usar sua inteligência para aplicar o mal é algo triste para a humanidade. Desta vez, hackers estão desenvolvendo evidências criminosas para culpabilizar dispositivos de pessoas inocentes.
As tais provas falsas fabricadas por esse grupo de hackers buscam criminalizar a ponto de criar uma alegação para a prisão de vítimas. Dentre as pessoas atacadas por eles, estão ativistas, advogados e acadêmicos indianos.
A empresa de segurança SenrinelOne tem buscado investigar a atuação desse grupo de criminosos, que foi apelidado de “ModiefiedElephant” e atua já há cerca de dez anos.
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Qual o sentido desta prática?
No ano de 2018, o ativista maoísta Rona Wilson e um grupo associado foram presos pelo serviço de segurança da Índia e acusados de conspiração contra o governo. Ao buscar evidências, foram encontrados no computador de Wilson documentos do Word detalhando planos para assassinar o primeiro-ministro.
Todavia, após a análise do dispositivo, foi provado que os documentos eram falsos e plantando por um malware. Para os pesquisadores da SenrinelOne, os hackers foram os principais responsáveis.
Esse caso tomou grandes proporções e diversas empresas de segurança começaram a investigar o grupo. Assim, a conclusão foi que Wilson foi vítima de uma manipulação digital, que foi implantada durante quatro anos para atacar o dispositivo do ativista.
Contudo, Wilson ainda permanece preso, mesmo que já se tenha comprovado a falsidade dos documentos. O governo, mesmo com os pedidos de liberdade condicional, ainda nega-os, alegando ter mais provas contra o ativista.
Quais as técnicas utilizadas?
E-mails de phishing adaptados aos interesses das vítimas são os principais meios pelos quais os hackers agem. Assim que as vítimas os recebem, os e-mails maliciosos são carregados.
Assim, a partir de vírus, eles instalam programas fáceis de usar, capazes de sequestrar dados dos computadores. Além disso, o grupo faz uso de keyloggers e de um malware Android, que se passa por uma ferramenta de mensagens seguras ou notícias, tudo que for capaz de instigar a atenção da vítima.
Por fim, ainda é muito difícil encontrar quem está por trás do grupo. A empresa de segurança pensa em pessoas que obedecem a interesses do próprio governo indiano, pois os ataques estão sempre direcionados a pessoas políticas.
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