Homem vive 68 anos de soluços incessantes após acidente laboral assustador

Em 1982, Osborne, nascido em 1883, compartilhou com a People que sua condição de saúde ao longo da vida teve início em 1922 após um acidente ocorrido enquanto trabalhava em uma fazenda próxima a Union, Nebraska.

Ele descreveu o incidente como um momento em que estava carregando um porco muito pesado para abate, mas acabou sofrendo uma queda após o levantamento.

Após o incidente, Osborne conta que não deu muita importância aos leves machucados que sofreu, até começar a experimentar soluços persistentes.

Mas, de onde vêm os soluços?

Segundo o Science Alert, acredita-se que os soluços tenham origem no cérebro e envolvam a contração involuntária do diafragma, juntamente com o fechamento da glote, a abertura das cordas vocais, resultando no característico som “hic”.

De acordo com informações da Smithsonian Magazine, os ataques de soluços, que podem ocorrer a uma taxa de quatro a 60 soluços por minuto, podem ser desencadeados por diversos fatores.

Isso inclui consumir excesso de comida ou bebida, ficar emocionalmente excitado ou engolir ar ao mascar chiclete. Esses são apenas alguns dos exemplos de possíveis desencadeadores de soluços.

Geralmente, os ataques de soluços duram apenas alguns minutos e são considerados mais irritantes do que motivo de preocupação. No entanto, é importante observar que, em alguns casos, os soluços persistentes podem ser sintomas de condições médicas subjacentes mais graves.

Quando os soluços duram um período prolongado, geralmente mais de 48 horas, eles são considerados crônicos. Como exemplo, em 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado com essa versão de soluços persistentes.

Por outro lado, os ataques que persistem por mais de um mês são considerados intratáveis e são extremamente raros, afetando apenas cerca de 1 em cada 100 mil pessoas. Essa é a variedade de soluços que afetou Osborne, sendo uma condição incomum e desafiadora de tratar.

Homem apresentou quadro de soluço crônico após acidente

Ainda de acordo com informações do Smithsonian, as causas dos soluços de longo prazo podem variar de diabetes a câncer e alcoolismo. No caso específico do fazendeiro Osborne, ainda não está claro o que exatamente causou sua condição de soluços persistentes.

Após a queda que ele sofreu em 1922, um médico examinou-o e mencionou que havia rompido um vaso sanguíneo do tamanho de um alfinete em seu cérebro, de acordo com o relato de Osborne.

O médico Terence Anthoney, posteriormente, sugeriu que a queda poderia ter afetado uma parte específica do cérebro de Osborne que normalmente inibe o mecanismo do soluço. Essa teoria poderia explicar a persistência dos soluços em seu caso.

Ali Seifi, um neurocirurgião do Texas, desenvolveu um dispositivo que proporciona alívio instantâneo para os soluços. Ele postulou que, no caso do fazendeiro Osborne, a queda que ele sofreu poderia ter causado uma pequena lesão nos músculos respiratórios, resultando nos episódios persistentes de soluços glóticos.

Essa teoria sugere que a lesão afetou os músculos responsáveis pelo controle do diafragma e da glote, causando uma disfunção nesses mecanismos e resultando nos soluços crônicos de Osborne.

É importante ressaltar que cada caso de soluços persistentes pode ter causas e mecanismos subjacentes diferentes, e a pesquisa médica continua a explorar as possíveis explicações para essas condições.