Ilha de Páscoa pode ter sido berço de escrita única, indica estudo recente

Escrita encontrada antes da colonização local revela que os habitantes possuíam uma escrita própria.

Localizada em uma área remota do Oceano Pacífico, a cerca de 3.800 km da costa do Chile, a Ilha de Páscoa, conhecida também como ‘Rapa Nui’, é celebrada por suas majestosas estátuas moais.

Recentemente, especialistas trouxeram à tona a possibilidade de que os antigos habitantes da ilha desenvolveram um sistema de escrita próprio, denominado Rongorongo, cujos vestígios foram preservados em artefatos de madeira encontrados na região.

Os resultados desta investigação foram publicados na prestigiada revista Scientific Reports. Essa descoberta lança luz sobre a história da escrita, uma inovação que surgiu independentemente em diversas partes do mundo, como na Mesopotâmia, Egito, China e Mesoamérica.

A Ilha de Páscoa, com sua singularidade e mistério, pode agora ser adicionada a essa lista, como um potencial berço de uma forma distinta de expressão escrita.

Ilha de Páscoa tinha uma língua própria

Os textos enigmáticos encontrados na Ilha de Páscoa intrigam os pesquisadores há décadas. Escritos em símbolos pictóricos, esses textos representam uma variedade de imagens, incluindo o corpo humano, animais, plantas, ferramentas e entidades divinas.

Imagem: Projetos INSCRIBE e RESOLUTION / Reprodução

Para os estudiosos, a descoberta de um sistema de escrita em um local tão remoto é verdadeiramente surpreendente, gerando debates acalorados sobre sua origem e significado.

Os glifos pictóricos presentes nesses textos não se assemelham a nenhum outro sistema de escrita conhecido, o que aumenta ainda mais o mistério em torno deles.

Datando de centenas de anos antes da chegada dos europeus à ilha, por volta de 1720, a escrita mais antiga encontrada na Ilha de Páscoa remonta a um período entre 1493 e 1509.

Esse achado arqueológico lança luz sobre a história pré-europeia da ilha e sugere que os antigos habitantes desenvolveram um sistema de escrita único e independente, conhecido como Rongorongo.

O fato de esses textos permanecerem indecifráveis até hoje alimenta o fascínio e a especulação sobre a civilização misteriosa que os criou.

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