O impeachment de Fernando Collor de Mello

O impeachment de Fernando Collor de Mello foi o seu processo de afastamento do cargo de Presidente da República, em 1992.

Collor foi o primeiro presidente do Brasil eleito democraticamente, ou seja, pelo voto popular após a Ditadura Militar (1964–1985).

Sua eleição foi vista como o símbolo de uma nova fase da política nacional. Entretanto, acusado de corrupção e fraudes financeiras, a população se manifestou nas ruas pela sua saída do poder por meio do movimento Caras Pintadas.

É importante salientar que impeachment significa “impedimento”. Na política, esse termo é utilizado para se referir a um processo de cassação do mandato a partir da denúncia de algum crime cometido por uma autoridade.

A decisão do impeachment cabe ao poder legislativo do país.

A crise política e a saída de Collor

Os anos de 1991 e 1992, foram marcados pelos desmandos, escândalos envolvendo grandiosas e desnecessárias despesas públicas, e denúncias de corrupção dentro do governo.

Pedro Collor, irmão do presidente revelou à imprensa provas do envolvimento de Collor num caso de corrupção.

Tal relato agravou a crise política vivida pelo governo e levou às ruas milhares de manifestantes pedindo o impeachment do presidente.

A imprensa e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), revelaram um grande esquema de fraude comandado por Paulo Cesar Farias (PC Farias), ex-tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor de Mello.

Além disso, foram denunciados desvios de verbas públicas, propinas e a apropriação indevida do dinheiro público.

No mês de setembro de 1992, a Câmara dos Deputados iniciou o processo de impeachment do presidente.

Entretanto, antes do Senado julgar o caso, no dia 29 de dezembro de 1992, Collor renuncia ao cargo. Mesmo renunciando, ele foi condenado e teve seus direitos políticos cassados por 8 anos.

Itamar Franco, vice de Collor, ocupou o cargo de presidente do Brasil.

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