Investimento em educação: Brasil fica atrás em ranking da OCDE
Relatório da OCDE revela que o Brasil continua entre os países que menos investem em educação, especialmente no ensino primário.
Apesar de algumas melhorias nos últimos anos, o Brasil continua entre os países que menos investem em educação, especialmente no ensino primário.
Essa conclusão vem de um relatório divulgado em outubro pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que evidencia o quanto o país está distante dos padrões internacionais de investimento por aluno.
Brasil fica para trás em investimento por aluno
Segundo o relatório de 2024 da OCDE, o Brasil investe cerca de US$ 3.668 por aluno no ensino primário. Embora pareça um valor considerável, ele se mostra insuficiente quando comparado à média dos países da organização, que é de US$ 11.914. Isso coloca o Brasil na 36ª posição entre 42 países avaliados.
Mesmo com um aumento no investimento por aluno em relação ao ano anterior — quando a média era de US$ 2.981 —, essa melhoria não é suficiente para diminuir a diferença em relação aos demais países da OCDE.
Eles também vêm aumentando seus investimentos, tornando mais difícil para o Brasil acompanhar o ritmo global e alcançar um patamar adequado de educação de qualidade.
O relatório aponta ainda que, entre 2015 e 2021, houve uma redução de 2,5% ao ano no investimento público em educação no Brasil. Enquanto isso, os países da OCDE aumentaram seus gastos no mesmo período, ampliando ainda mais a disparidade.
No ranking, o Brasil aparece à frente apenas de países como Romênia, Colômbia, África do Sul, México e Indonésia. Já na outra ponta da lista, Luxemburgo, Suíça e Noruega lideram, com gastos que ultrapassam os US$ 26.000 por aluno.
Esses números mostram que, enquanto algumas nações priorizam um investimento robusto na formação básica dos jovens, o Brasil ainda enfrenta desafios para garantir os recursos necessários para um ensino eficaz.
Fatores que influenciam a posição do Brasil
Vários fatores explicam essa disparidade. A grande população do Brasil, somada a questões como desigualdades sociais e econômicas, impacta a distribuição dos recursos públicos.
Além disso, problemas como a evasão escolar, especialmente em áreas mais vulneráveis, prejudicam a eficiência do investimento.
Enquanto países como Luxemburgo e Suíça, com populações menores e sistemas educacionais mais bem estruturados, conseguem investir mais, o Brasil enfrenta um cenário complexo que exige não apenas mais recursos, mas também políticas públicas adaptadas à sua diversidade de realidades.
*Com informações de UOL.
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