Lagartas estão para substituir os ratinhos em laboratórios
Cientistas alegam que o uso de lagartas em testes laboratoriais está cada mais perto de ser realidade. Segundo eles, os estudos em lagartas são mais baratos e eficientes.
A ciência pode ter um lado obscuro, mas necessário e os testes em animais são imprescindíveis para testar a eficiência de estudos, vacinas, medicamentos ou de algum novo método que possa ser utilizado em seres humanos. Por conta da similaridade com o organismo humano, os ratos são os animais de primeira escolha para serem utilizados em laboratórios, mas isso pode estar para mudar com os novos estudos que estão sendo feitos com as lagartas. Confira agora os motivos dessa mudança.
Parceiros antigos
Nossos amigos roedores, como camundongos e ratos, já são velhos conhecidos dos laboratórios. Esses pequeninos estão há décadas sendo utilizados, inclusive só foi possível entender o câncer por estudos realizados com eles. Mas a principal função desses roedores é testar a eficácia de vários medicamentos e a segurança deles.
Porém, essa parceria antiga pode estar chegando ao fim. Cientistas estão estudando maneiras de substituir os ratinhos por outro tipo de animal, que seja mais barato de se testar e criar, que tenha a mesma similaridade com o organismo humano. Estamos falando das lagartas, já que elas já foram uma opção em laboratórios da Alemanha e Suíça para estudar o câncer colorretal.
Por que as lagartas?
Um estudo realizado pelo médico nuclear e radiologista Jan Grimm, pode explicar por que as lagartas podem ser as substitutas dos ratos em laboratórios. Na pesquisa de Grimm, esses dois animais tem um alto grau de semelhança e possuem a estrutura e a fisiologia do intestino humano.
E de acordo com os estudos sobre esse inseto, as lagartas são apenas um intestino longo ambulante, tornando-se perfeitas para estudos de inflamações e doenças que podem ocorrer no intestino humano. Mas outro motivo de serem utilizadas é que as lagartas podem ser úteis em futuras pesquisas pré-clínicas para outras condições de câncer, diabete, neurodegeneração e infecções.
Além de todos esses motivos, a parte monetária também é um grande fator, principalmente para estes laboratórios e pesquisadores, já que para criar os roedores, é significativamente mais caro e mais demorado do que para realizar a criação de lagartas.
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