Plástico se transformando em diamante? Entenda como lasers podem fazer isso

Lasers potentes podem transformar o plástico em diamante e água. Vamos entender como isso funciona?

Para a ciência, a observação é imprescindível para a construção de uma tese. Primeiramente, observa-se a natureza, os problemas e o que pode ser solucionado, e em seguida os estudos são desenvolvidos. E para a situação de hoje não foi diferente, pois estudiosos se inspiraram em Netuno e Urano para desenvolver lasers ultra poderosos que transformam plástico em diamante e água. Entenda como isso é possível.

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Nanodiamantes e um novo tipo de água

A diferença entre os diamantes conhecidos para os nanodiamantes é o tamanho, visto que o segundo possui tamanho em escala nano, ou seja, 1 nanômetro é igual a 0,0000001 centímetros. Além disso, segundo um dos autores do estudo, Dominik Kraus, essas pedras minúsculas possuem aplicações interessantes, como transformar o dióxido de carbono (CO2) em outros gases, além de fornecer drogas ao corpo.

O experimento também chega à conclusão de que nas altas temperaturas e pressões encontradas no interior de planetas gelados, como Netuno e Urano, emerge um estado exótico da água, chamado gelo de água super iônico. Dessa forma, essa estranha forma de água permite que os prótons se desloquem através de uma rede de átomos de oxigênio.

O laser

Utilizando lasers poderosos de raio-x, os cientistas conseguiram explodir plásticos baratos, e isso acabou resultando na água exótica e no nanodiamante. Neste caso, o plástico utilizado foi o de polietileno tereftalato (PET). Para isso, foi usado um laser óptico de alta potência encontrado no instrumento Matter in Extreme Conditions para aquecer o plástico a 6.000º C.

Através disso, pressões milhões de vezes maiores do que a atmosfera da Terra foram criadas por apenas alguns bilionésimos de segundo. Tal pressão esmagadora chocou o plástico, fazendo com que os átomos de carbono no plástico se organizassem em uma nova configuração, gerando uma estrutura cristalina.

Com esses estudos, é possível imaginar que chuvas de pequenos diamantes sejam frequentes na atmosfera de planetas gelados. Além disso, incentivos financeiros podem ajudar a retirar as toneladas de plásticos dos oceanos para que sejam transformados em diamantes e água.

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