Leite e ovos cada vez mais caros para produzir e para consumir; entenda

Período de seca e aumentos nos custos da produção estão entre os motivos que deixaram esses produtos mais escassos nas prateleiras.

Como todos estamos percebendo, leite e ovos estão cada vez mais escassos no mercado, pois estes itens estão sendo enviados em menores quantidades pelos produtores, conforme aponta o índice de ruptura da consultoria Neogrid. Também há uma pesquisa, que ainda está em andamento, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da Universidade de São Paulo (USP), mostrando uma forte elevação nos preços do leite no mês de julho.

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Conforme o levantamento, a indisponibilidade do leite longa vida nas prateleiras dos supermercados no mês de junho foi a maior alcançada dentro de um ano e a segunda maior desde o mês de janeiro de 2019. Esse índice de junho foi de 19,4% diante de 18,8% do mês antecedente.

Ocorreu uma queda na produção do leite, o que tem resultado na diminuição da captação do alimento pelas indústrias e também pelas cooperativas de laticínios em mais de 10% somente no primeiro semestre de 2022, o que foi afirmado pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (ABRALEITE), Geraldo Borges.

Além do leite, os ovos estão passando pelo mesmo problema, com uma queda no fornecimento de cerca de 19,4% no mês de junho, comparado a 17% em maio.

Isso tudo tem sido causado por alguns fatores:

  • Clima mais seco, o que é tradicional no período da entressafra, que acaba prejudicando as pastagens;
  • O aumento de custo na produção dos mesmos, por conta de algumas questões, a exemplo da seca, Guerra da Ucrânia (que é um país de onde é importado o milho) e também a alta dos fertilizantes, fornecidos em maiores quantidades pela Rússia;
  • O mercado que tem sido mais atraente para o comércio de carne animal do que de leite e ovos, principalmente com o dólar em alta, o que acabou melhorando a remuneração da exportação.

Além de ter uma redução no volume de produção do leite, a alta dos custos dessa produção fez com que muitos dos produtores deixassem a atividade, segundo Borges.

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