‘Loucura’, diz Martin Cooper sobre a proporção que os celulares conseguiram atingir

Em entrevista à AFP, Martin Cooper, o criador dos telefones, diz que a própria invenção se tornou uma espécie de loucura generalizada.

Em entrevista à AFP, no auge dos seus 94 anos de idade, Martin Cooper desabafa sobre a sua própria criação. Cooper é um engenheiro norte-americano e inventou o celular em 1973. Apesar de muita distância do que temos hoje em mãos, foi a partir da criação do DynaTAC 8000X que os aparelhos tecnológicos portáteis evoluíram.

Foto: Shutterstock.

Na época, Cooper usou o clássico filme Star Trek para que a indústria tecnológica fosse revolucionada como nunca. Em 1973, lançou o aparelho que pesava cerca de 1 quilo, com 25 cm de comprimento e 7 cm de largura. A bateria durava apenas 30 minutos, o que já era um grande marco para aquele momento. Hoje, as condições tecnológicas e as formas de usos são diferentes.

Por mais que tenha sido obra das suas próprias mãos, Cooper demonstra-se insatisfeito com a proporção que as telas tomaram e emitiu um alerta: olhem menos para as telas!

Martin Cooper desabafa sobre a própria criação

O mundo é totalmente digitalizado, e muitos dos nossos problemas são resolvidos pelas telas de um pequeno celular. Não pesa como pesou a criação de Cooper, mas deixa de lado questões meramente simples. Por isso, o pai do celular emite o alerta dizendo que fica arrasado quando vê pessoas olhando para o aparelho o tempo inteiro.

“Arrasado! O celular agora se tornou uma extensão da pessoa”, disse que acha uma loucura observar que as pessoas atravessam ruas olhando para o aparelho. Para ele, toda essa utilidade ainda é incompreensível, por mais que ele tenha surgido com a proposta há muitos anos.

“Nunca, jamais vou entender como usar o celular da maneira que meus netos e bisnetos fazem”, disse Cooper. Para ele, os telefones terão uma pausa em breve e que essa fase de olhar apenas para os celulares não vai durar muito. Pesquisas já evidenciaram que o consumo excessivo de telas pode causar depressão e prejuízos ao longo prazo, o que garante que o criador do aparelho não está equivocado quanto às suas apostas.

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