Governo Lula discute atualização da tabela do Imposto de Renda

A última atualização do Imposto de Renda aconteceu em 2015. Agora, após longos debates, o novo governo prevê mudanças para o pagamento do tributo.

Uma das propostas durante a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva foi a redução do Imposto de Renda. No período eleitoral, foi prometido pelo atual presidente que a declaração seria necessária para quem ganhasse mais de R$ 5 mil por mês.

Anualmente, milhares de brasileiros precisam pagar o Imposto de Renda sobre Pessoa Física (IRPF) para a fiscalização necessária da Receita Federal. O valor da alíquota do imposto varia de acordo com o salário recebido, mas há grandes polêmicas envolvendo os tributos brasileiros, visto que nossa carga tributária está entre as maiores do mundo.

Conforme a alíquota, quem recebe menos, paga menos. Prontamente, as pessoas mais pobres sentem o reflexo desse posicionamento. A tabela do Imposto de Renda não era atualizada desde 2015, o que gerou um impacto ainda maior.

Quem terá acesso à isenção do Imposto de Renda?

A estimativa apontada pela Unafisco Nacional (Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal) informou que a tabela está em desvantagem com mais de 140%.

Para exemplificação, a tabela torna obrigatória a declaração do IR para quem ganha a partir de R$ 1.903,98, o que era um valor muito maior em 2015, quando a tabela recebeu a última atualização. Na época, o salário mínimo era de R$ 880,00, uma realidade diferente do piso nacional atual, de R$ 1.302,00.

Quanto à promessa de que somente quem ganha a partir de R$ 5 mil por mês deverá declarar o Imposto de Renda, até o momento não houve decisões nesse sentido. Tem-se discutido, até então, a Reforma Tributária.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que haverá cobrança de impostos sobre a gasolina, o que tornará o combustível ainda mais caro ainda em 2023. A mudança na tabela do IR, no entanto, deve ficar para um próximo momento.

Tabela de alíquotas

  • Até R$ 1.903,98: isenção;
  • Quem recebe de R$ 1.903,38 até R$ 2.826,65: 7,5% de alíquota;
  • Quem recebe de R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15,0% de alíquota;
  • Quem recebe de R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5% de alíquota;
  • Quem recebe a partir de R$ 4.664,68: 27,50% de alíquota.
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