Maior contratação de trabalhadores é de pessoas com baixa escolaridade
A ocupação teve um crescimento bem notável, principalmente entre os profissionais que não possuem instrução ou que tem menos de um ano de estudo.
A quantidade de pessoas brasileiras que estão ocupadas com alguma função de trabalho já superou a do período anterior à pandemia: cerca de 98,3 milhões no final do mês de junho de 2022 contra os 94,2 milhões referentes ao mesmo período de 2019. Contudo, o crescimento das oportunidades se deve ao fato de estarem solicitando com mais frequência trabalhadores com escolaridade baixa para as vagas que pagam salários menores. Essa informação veio através do boletim do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que foi divulgado em 13 de setembro.
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O instituto acabou expondo alguns dados coletados pelo IBGE e na PNAD Contínua, onde podemos ver que o número de pessoas ocupadas com alguma função teve um crescimento de 9,9% no Brasil entre o segundo trimestre de 2021 e o de 2022. Contudo, o grupamento ocupacional que teve maior destaque na expansão foi o de quem trabalha nas áreas de prestação de serviços e vendedores dos comércios e mercados, representando 17,9%, vindo logo atrás os operadores de instalações e máquinas e montadores, com 15,8%.
Entre as categorias de diretores e gerentes, a taxa de crescimento dos ocupados subiu 3%. Já entre os profissionais de ciências e intelectuais, a alta foi de aproximadamente 3,4%, segundo informações do DIEESE. A classificação destas atividades de modo geral são as que pedem como requisito ter concluído o ensino superior, ou seja, exigem um diploma para exercer a função.
Além do mais, os dados mostraram que a ocupação teve um crescimento bem notável, principalmente entre os profissionais que não possuem instrução ou que tem menos de um ano de estudo, representando cerca de 31,4%. Por outro lado, 14% representam quem possui ensino médio incompleto, e um crescimento de apenas 3,6% para quem tem ensino médio completo. Para os que possuem ensino superior completo, essa alta foi aproximadamente de 6,1%.
Agora, para esta última categoria, no momento em que analisamos esse acréscimo de quase 800 mil pessoas no segundo trimestre deste ano, o DIEESE identificou que apenas 160 mil delas conseguiram se ocupar de fato em vagas que estão de acordo com a sua formação. O restante destes trabalhadores, cerca de 78,6%, estão exercendo funções que não são as que dizem respeito exatamente pelo ensino superior no qual se formaram.
Se tratando do assunto de renda média, nota-se que quem trabalha em funções de ensino superior completo são os que tiveram a maior perda de renda, de cerca de -5,6%, vindo logo atrás as pessoas que possuem ensino médio incompleto, equivalendo a somente -1,8% na perda de renda.
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