Males que vêm para o bem? Escassez de mão de obra aumenta o salário de 25 profissões

Pesquisa revela alta demanda e salários crescentes para profissionais qualificados no Brasil, principalmente no setor de serviços.

A recente pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela um cenário promissor para profissionais qualificados no Brasil.

Com a economia em crescimento, a demanda por trabalhadores com formação técnica tem se intensificado, resultando em aumentos salariais significativos. Essa tendência reflete a disputa entre empresas por talentos qualificados, especialmente em setores como serviços e educação.

Por outro lado, o estudo da CNC analisou 203 profissões, identificando 25 que enfrentam escassez de profissionais qualificados. Dentro desse grupo, técnico em secretariado e professor de educação infantil se destacaram com os maiores aumentos salariais.

Os resultados reiteram a importância da formação técnica no atual mercado de trabalho, cada vez mais exigente e competitivo.

Falta de mão de obra e aumento salarial

Falta de mão de obra qualificada reverbera no salário de algumas profissões – Foto: wichayada suwanachun/Shutterstock

O setor de serviços lidera a lista, com técnico em secretariado registrando um aumento de 17,3% no salário inicial.

Professores de educação infantil também viram seus rendimentos crescerem 14,6%. Essa elevação salarial está diretamente ligada à falta de profissionais para preencher as vagas disponíveis.

Os aumentos salariais coincidem com o crescimento econômico do Brasil e a maior empregabilidade registrada pela PNAD Contínua.

Números do IBGE indicam que 103,6 milhões de brasileiros estavam empregados no último trimestre encerrado em outubro. No entanto, ainda há 6,8 milhões de pessoas desempregadas.

Setores mais afetados pela falta de profissionais qualificados

Confira abaixo uma lista de profissões que sofrem com a falta de mão de obra qualificada:

  1. Técnico em secretariado;
  2. Professor de nível superior na Educação Infantil (4 a 6 anos);
  3. Técnico em manutenção de máquinas;
  4. Operador de máquinas-ferramenta convencionais;
  5. Mecânico de manutenção de máquinas, em geral;
  6. Técnico de enfermagem;
  7. Caldeireiro (chapas de ferro e aço);
  8. Técnico de vendas;
  9. Soldador;
  10. Trabalhador volante da agricultura;
  11. Professor de nível superior na educação infantil (0 a 3 anos);
  12. Tecnólogo em logística de transporte;
  13. Porteiro de locais de diversão;
  14. Vendedor pracista;
  15. Trabalhador da pecuária (bovinos/corte);
  16. Montador de veículos (linha de montagem);
  17. Fisioterapeuta geral;
  18. Embalador, a máquina;
  19. Mecânico de veículos automotores a diesel (exceto tratores);
  20. Trabalhador no cultivo de árvores frutíferas;
  21. Zelador de edifício;
  22. Auxiliar de pessoal;
  23. Montador de andaimes (edificações);
  24. Professor de nível superior do ensino fundamental (1ª a 5ª série);
  25. Embalador (manual).

Estratégias empresariais para enfrentamento

Empresas como a Premium Essential Kitchen e a Engelmig Energia têm investido em cursos gratuitos e incentivos financeiros para atrair profissionais.

Apesar desses esforços, a falta de qualificação ainda é um desafio. A pesquisa da Abrasel destaca que 89% dos empresários encontram dificuldades em preencher vagas no setor de restaurantes.

Por conta desse cenário, o mercado de trabalho brasileiro está em transformação, com um crescente reconhecimento da importância da qualificação técnica.

Para os candidatos, esse é um cenário de oportunidades, enquanto para as empresas o desafio é adaptar suas estratégias de recrutamento e retenção para se manterem competitivas.

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