McDonald’s e BK passarão por audiência pública devido propaganda enganosa

Para dar explicações sobre os casos de propaganda enganosa, os representantes do McDonald’s e do Burger King passarão por audiência pública, segundo decisão da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização, Controle e Defesa do Consumidor do Senado.

A polêmica estourou após consumidores perceberem que o McPicanha e o Whopper Costela não carregavam as carnes nobres que seus nomes apontam, e devido à grande repercussão nas redes sociais, órgãos públicos tiveram que se envolver para exigir esclarecimentos.

Quem fez o requerimento da audiência pública foi o senador Nelsinho Trad, e foi aprovado unanimemente pelos outros senadores. “Nós não podemos admitir que possam desvirtuar o que está sendo anunciado, enganando a população brasileira. Precisamos tirar isso a limpo. Anunciar um produto de hambúrguer com picanha e costela, e falar que nesses hambúrgueres só tem o cheiro da picanha ou da costela é brincadeira com a população brasileira.

Aqueles que induziram a um equívoco dessa natureza precisam ser responsabilizados”, disse Nelsinho.

A audiência deve ocorrer no próximo dia 12, e além de órgãos envolvidos, como Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), do Procon, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o ‘blog’ que realizou a denúncia (Coma com os Olhos) também deve estar presente.

As denúncias com o hamburguer do Burger King se deram após toda a polêmica com o McDonald’s, e se comprovada a propaganda enganosa, a rede poderá ser multada em até R$ 11,6 milhões.

Em nota, o diretor-executivo do Procon-SP, Guilherme Farid, explica a preocupação com estes casos recorrentes: “O Procon-SP tem olhado com preocupação a publicidade de produtos alimentícios que destacam um determinado ingrediente que não faz parte da composição daquele produto ou que não tem o ingrediente na sua composição principal. Nesse caso específico do Burger King, o consumidor compra o sanduíche acreditando que irá ingerir a carne da costela, ou seja, o consumidor é levado a erro”.