MEC suspende cronograma do Novo Ensino Médio após pressão de ativistas da educação
Desde a aprovação do programa, no governo do ex-presidente Michel Temer, houve pedidos de revogação da proposta.
Nos últimos anos, a proposta do “Novo Ensino Médio” gerou grande controversa entre professores e ativistas da educação. No caso, as críticas apontam uma desvalorização ensino básico em preferência a aulas específicas e práticas com foco no mercado de trabalho. Após as críticas, o Ministério da Educação confirmou a suspensão do Novo Ensino Médio.
Ministro da Educação confirma suspensão do cronograma
Até março deste ano, o Ministro da Educação Camilo Santana dizia que revogar a reforma que aprovou o Novo Ensino Médio não era um objetivo do Governo Federal. Entretanto, já existia na sociedade um amplo debate sobre a necessidade de suspender o programa, visto que ele trazia problemáticas quanto à educação básica.
Assim, o anúncio da suspensão veio apenas nessa terça-feira, 4 de abril, pelo próprio ministro após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, é preciso ter em mente que não se trata de uma revogação completa, mas sim de uma suspensão temporária do cronograma de implementação do Novo Ensino Médio.
Desse modo, definiu-se que haverá uma interrupção na preparação do projeto por pelo menos 90 dias que tiveram início em março, além de 30 dias ara o MEC divulgar suas conclusões. Nesse período, o Ministério da Educação pretende elaborar uma consulta pública que apresente como o povo sente-se em relação ao tema.
O que é o Novo Ensino Médio?
A Lei do Novo Ensino Médio é a de n.º 13.415/2017 e foi responsável por alterar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. No caso, o grande objetivo da nova organização do Ensino Médio seria a de ampliar o tempo mínimo dos estudantes na escola, bem como flexibilizar o currículo. Nesse ponto em específico, houve muitas críticas.
Isso porque estabeleceu-se que os alunos iriam escolher um itinerário formativo que deveria incluir matérias direcionadas a campos específicos do saber. Assim, os estudantes poderiam decidir quanto ao destino profissional. Por outro lado, nota-se que houve uma diminuição dos conteúdos básicos da escola para dar destaque a um ensino que é mais técnico e mercadológico.
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