Microclima urbano – O que é, resumo, causas e consequências

Conheça tudo sobre essas variações climáticas, como elas podem interferir nos centros urbanos e alguns exemplos.

Antes de tudo é necessário esclarecer, afinal de contas, o que é microclima urbano? Em Climatologia, microclima urbano é nome usado para denominar uma série de condições climáticas, tais como variação de temperatura, umidade, pressão atmosférica, índices pluviométricos e sensação térmica de uma pequena área dentro de uma cidade.

Ou seja, dentro da cidade, essas áreas específicas apresentam características diferentes do restante daquele território. Na maioria dos casos, em um determinado município, ao contrário dos bairros mais afastados, com temperatura mais amena, o centro será mais quente e abafado.

Porém, é necessário ressaltar que há ocorrências contrárias. Por exemplo, se no meio de uma cidade há um grande parque, com muitas árvores, há chances de que aquele local tenha temperaturas menores que as adjacências, representando também um microclima urbano.

Características

Os centros urbanos, frequentemente apresentam uma série de problemas em relação às áreas menos urbanizadas. Elementos como a destinação correta dos resíduos sólidos, poluição do ar, má uso dos recursos hídricos são extremamente prejudiciais, não só para as cidades, mas para a população que nelas vivem.

Além dos problemas já citados, um, em especial, desperta a preocupação de muitos estudiosos, já que ele reflete diretamente no meio ambiente e na qualidade de vida dos moradores.

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O chamado microclima urbano apresenta uma série de características desfavoráveis ao seres humanos, sendo que as principais são as temperaturas mais elevadas no centro em relação às áreas mais afastadas, umidade do ar mais baixa e consequentemente sensação térmica mais alta.

Vale lembrar que o microclima urbano se desenvolve em escalas diferentes, podendo afetar a região de maneira mais, ou menos, significativa. As características próprias de cada local é que vão determinar o grau de desenvolvimento.

Causas e Consequências

Alguns fatores são determinantes na formação desse fenômeno. Os microclimas surgem, principalmente, por conta da ação antrópica, ou seja, em função das alterações causadas pelos seres humanos.

Agentes como a derrubada de árvores, avanço da construção civil, pavimentação asfáltica das estradas de terra e aumento desenfreado do número de carros nas áreas centrais são preponderantes nas alterações climáticas.

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Além deles, a emissão descontrolada de resíduos tóxicos por parte das fábricas e indústrias, poluição do ar e a falta de áreas de verdes um determinado local contribuem significativamente para formação dos microclimas urbanos.

O crescimento da quantidade de prédios muito altos também guarda sua responsabilidade. Isso porque, quanto mais altas as construções, menor a circulação do ar e maior a dificuldade de dispersão do ar quente.

Os fatores característicos do solo onde a cidade foi construída também condicionam o surgimento dessas áreas. Na prática, os bairros erguidos em locais mais elevados podem apresentar temperaturas mais amenas se comparados àqueles construídos em áreas mais baixas.

Em relação às consequências, além da intensificação do aquecimento global, esse fenômeno causa grandes prejuízo para a saúde dos moradores das grandes cidades. Além da grande quantidade de partículas de poluentes que ficam no ar, a umidade fica baixa, favorecendo o surgimento de doenças do sistema respiratório.

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Para frear o desequilíbrio é fundamental que os gestores municipais elaborem e apliquem Planos Diretores que contem com a criação de áreas verdes nos pontos centrais, bem como com a adoção de medidas para que as cidades registrem crescimento sustentável.

Ilhas de Calor

Para ilustrar o fenômeno climático do microclima urbano, um dos exemplos mais recorrentes são as Ilhas de Calor Urbano (ICM). Nas grandes cidades elas são formadas em decorrência do aumento da temperatura, intensificando consideravelmente o efeito estufa.

Efeito Ilha de calor

Apesar de poderem se formar naturalmente, a principal causa das ICM é a poluição atmosférica, típica dos grandes centros. Fatores citados anteriormente, a exemplo do aumento do número de construções e vias asfaltadas, diminuição das áreas arborizadas, densidade demográfica elevada e alta emissão de gases poluentes estão entre os principais causadores das Ilhas.

Cerca de 98% dos raios solares que atingem o solo são absorvidos pelo asfalto, e posteriormente são devolvidos para a atmosfera na forma de ondas de calor. Nos dias mais quentes do ano a temperatura do asfalto pode ultrapassar 45ºC, ao passo de que um local gramado ficaria na casa dos 35ºC.

Assim, a temperatura no local se eleva, sem conseguir ser amenizada. O aquecimento permanece isolado em uma determinada área, dando para os indivíduos uma sensação de sufocamento.

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