Mistério: caixões sem identificação são descobertos no castelo do Rei Arthur

A comunidade científica agora se reúne para levantar hipóteses que possam explicar de onde vêm tais caixões e, principalmente, quem os enterrou.

Próximo à cidade de Edimburgo, na Escócia, existe uma pequena montanha conhecida como Arthur’s Seat, lendariamente associada ao castelo do Rei Arthur, Camelot.

A área, rica em histórias e mistérios, continua intrigando até hoje, devido à descoberta de 17 pequenos caixões de madeira, medindo aproximadamente 10 centímetros de comprimento.

Os itens foram encontrados em 1836 por um grupo de meninos que caçavam coelhos na região e permanecem um enigma não resolvido.

Um mistério de dois séculos

Os caixões estavam dispostos em duas fileiras de oito cada, com uma terceira fileira contendo apenas um. Cada um abrigava uma figura de madeira habilmente vestida, apontando para um propósito cuidadosamente planejado.

Curiosamente, tais artefatos datam de 1830, mas o motivo por trás de sua criação permanece desconhecido. Atualmente, eles estão em exibição no Museu Nacional da Escócia.

Diversas teorias foram propostas para explicar a finalidade desses caixões misteriosos, mas nenhuma delas foi completamente aceita.

Uma delas sugere que os caixões poderiam ter sido alvos de bruxaria, mas a qualidade e o respeito com que foram produzidos contradizem essa hipótese.

Os artefatos de bruxaria são geralmente destinados a serem destruídos, ao contrário dessas figuras de madeira meticulosamente elaboradas.

Outra teoria, proposta pelo Edinburgh Evening em 1836, sugere que os objetos possam ser representações simbólicas de pessoas que faleceram em terras distantes.

(Imagem: Kim Traynor via Wikimedia Commons)

Uma hipótese similar, divulgada no jornal Caledonian Mercury no mesmo ano, afirma que as figuras de madeira foram criadas pelas esposas de marinheiros que morreram no mar, proporcionando-lhes um enterro cristão.

Apesar de as teorias serem convincentes, não existem evidências de que tais práticas tenham sido comuns na Escócia daquela época.

Além disso, a semelhança nas dimensões e formato das figuras de madeira torna improvável que representem indivíduos específicos.

A teoria de um enterro substituto para 17 pessoas também carece de ligação com eventos históricos documentados na região.

Uma ideia intrigante sugere que os caixões podem representar vítimas de notórios serial killers do século XIX, William Burke e William Hare, que cometeram 16 assassinatos entre 1827 e 1828 em Westport.

No entanto, essa teoria é enfraquecida pelo fato de que 12 das vítimas da dupla eram mulheres, enquanto todas as figuras de madeira nos caixões estavam vestidas como homens.

Outras teorias

Outras especulações incluem a ideia de que um comerciante escondeu os caixões em Arthur’s Seat com a intenção de vendê-los posteriormente como amuletos de proteção, ou a ligação com um homem mudo, surdo e deficiente mental que apareceu na cidade após a descoberta dos objetos.

No entanto, nenhuma delas é amplamente aceita, deixando um segredo de dois séculos ainda sem explicação e vivo na mente dos entusiastas da história.

Até que novas evidências venham à tona, a verdade por trás desses artefatos deve permanecer em segredo, mantendo viva a aura de mistério que envolve a lendária montanha de Arthur’s Seat.

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